Quando o sistema nervoso central é afetado, não é somente o humor que fica alterado. "O álcool tem efeito deletério na arquitetura cerebral, causando danos em estruturas importantes ligadas à memória", alerta Alessandra Diehl, psiquiatra e vice-presidente da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas (Abead).
Um estudo francês publicado no periódico The Lancet analisou 1 milhão de pessoas e descobriu que entre os 57 mil casos de demência de início precoce, em torno de 60% tinham relação com o consumo exagerado de álcool. "A ingestão demasiada da substância causa deficiência de algumas vitaminas, como a B1 (tiamina), e isso pode contribuir para o risco de demência alcoólica, um quadro grave e irreversível", alerta Diehl.