O número mágico é uma porção de tempo: 15 minutos e 9 segundos. De acordo com uma pesquisa que analisou 37 mil pessoas de 16 países, esse é o lapso temporal necessário de exercícios por dia para aliviar a ansiedade, depressão e melhorar o humor. A verdade é que o estudo mostra como mexer o corpo é importante para não só melhorar o físico, mas também beneficiar a saúde mental.
A pesquisa mostra que o cérebro dos seres humanos necessita da movimentação do corpo. O órgão é responsável por controlar o corpo e precisa estar ativo. Sendo assim, o sedentarismo é praticamente uma tortura para a máquina que o restante da fisiologia corporal. E não, isso não quer dizer que você precisa fazer apenas os 15 minutos. Mas é o mínimo para promover bem-estar.
Exercícios para estimular o cérebro
O estudo liderado por Brendon Stubbs, do King's College London, instituição do Reino Unido, mostra como os exercícios atuam de modo semelhante a drogas contra a depressão e a ansiedade. A atividade física contribui de forma importa para os mecanimos neurobiológicos e psicossociais. Isso é o que aponta a State of Mind Index, pesquisa encomendada por uma empresa de itens esportivos do Japão.
A análise dos participantes do estudo foi feita com base em depoimentos e escaneamento facial. O estudo indica que todas as atividades físicas oferecem benefícios múltiplos para a saúde física e mental. A cognição e a inteligência emocional foram impactadas de forma importante e positiva.
O estudo mostrou que pouco mais de 15 minutos eram necessários quando era esperado pelo menos 30 minutos de exercícios. Mas verdade é que o potencial de movimentação e tão bom para o cérebre que o efeito neuroquímico é imedieto, impactando, inclusive, na memória, pois estimula o hipocampo e o córtex pré-frontal.
Efeito semelhante ao da maconha
De acordo com o estudo liderado por Stubbs, os exercícios físicos podem produzir um efeito analgésico, ansiolítico e antidepressivo comparável ao de usar maconha, que contém THC, por exemplo. Os exercícios liberaram hormônios como a dopamina e serotonina, que estão ligadas ao prazer e a regulação de mecanismos fisiológicos, como o sono, a fome e a ansiedade.
O aspeco físico também é levado em conta. O sistema imunológico, as defesas do corpo que protegem as pessoas de viroses, por exemplo, também é fortalecido. O potencial inflamatório do corpo também é reduzido com a prática diária de 15 minutos e 9 segundos de caminhada, por exemplo.
Pessoas mais velhas são mais ativas
A pesquisa do King's College London trouxe mais surpresas do que os cientistas imaginavam. O estudo revela qe pessoas com mais de 57 anos são mais ativas que jovens entre 18 e 24 anos. A população mais madura é mais informada, e isso leva à busca pelas atividades físicas de forma mais expressiva. Já a juventude acha que é menos vulnerável aos efeitos do sedentarismo.