Ultimamente a doação de órgãos tem sido assunto nas mais diferentes rodas de conversas e nas redes sociais. E o que a maioria acredita é que só é possível doar quando o doador tem morte encefálica, mas não é bem assim. A verdade é que alguns órgãos podem ser doados enquanto a pessoa ainda está viva e isso é importante que se saiba, pois expande as possibilidades de salvar vidas.
Muitas pessoas não sabem, mas órgãos como rins, fígado, pulmão e medula óssea, cada um com particularidades que viabilizam a doação, podem ser doados ainda em vida. Esse tipo de atitude é fundamental para salvar vidas e melhorar a qualidade de vida de muitos pacientes que precisam de um órgão saudável.
Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil é referência mundial na área de transplantes e possui o maior sistema público de transplantes do mundo. Em números absolutos, o Brasil é o 2º maior transplantador do mundo, atrás apenas dos EUA. A rede pública de saúde fornece aos pacientes assistência integral e gratuita, incluindo exames preparatórios, cirurgia, acompanhamento e medicamentos pós-transplante.
Doação
No caso dos rins, nós possuímos dois órgãos e a doação se dá com a entrega completa de um deles, já que não é viável a doação de apenas uma porção do órgão. Já o fígado, por sua vez, pode ser doado apenas um pedaço e um doador pode se desfazer de até metade do órgão, já que ele possui uma grande capacidade de regeneração.
O pulmão também oferece a possibilidade de ser doado em partes. Isso geralmente envolvendo o lobo inferior do órgão. Embora, diferente do fígado, o pulmão não possua a habilidade de se regenera, a doação de uma porção não representa ameaça à vida do doador. O ato, portanto, pode ser praticado sem prejuízos.
A quarta possibilidade de doação ainda em vida é a medula óssea, que costuma ser indicada para pacientes que apresentam leucemia. Esse tipo de doação costuma ser bastante tranquila e o doador pode retornar à sua rotina normal em aproximadamente uma semana, já que a recuperação da medula leva cerca de 15 dias.