A ansiedade é uma condição comum, afetando mais de 18 milhões de brasileiros, segundo a OMS. O início do ano é um momento importante para discutir a saúde mental, especialmente com a campanha Janeiro Branco, que visa conscientizar sobre a importância de cuidar da saúde emocional.
A ansiedade pode afetar tanto o cérebro quanto o corpo, causando sintomas como medo, insônia, dificuldade de concentração e agitação. Além disso, pode se manifestar de outras formas e até mesmo ser confundido com outros problemas de saúde. Com o auxílio do cardiologista Dr. Roberto Yano, destacamos os cinco principais sintomas físicos da ansiedade.
Coração acelerado
“A sensação de estresse e ansiedade faz com que o organismo libere mais adrenalina, um hormônio que aumenta a frequência cardíaca. Por isso ocorre alteração e aceleração nos batimentos cardíacos. Por outro lado, o contrário também ocorre. Pacientes sentem alteração no ritmo cardíaco, tratam como se fosse ansiedade, demoram a me procurar e, quando o avalio, ele realmente está com alguma arritmia cardíaca”, conta o cardiologista.
Tontura
A tontura é um dos principais sintomas físicos da ansiedade. Muitos pacientes relatam esse problema, especialmente durante crises mais intensas ou em ambientes fechados e lotados de pessoas. “Essa vertigem pode levar ao medo de sair de casa, de cair, de chegar a um local cheio e passar mal”, diz o Dr. Yano.
Falta de ar
“A falta de ar, normalmente, vem acompanhada de palpitação. Em situações de estresse é preciso tentar se acalmar. E se a crise de ansiedade não passar, procurar orientação médica”, alerta o especialista.
Formigamento nos braços e língua
“Esse formigamento pode ocorrer por causa da liberação da adrenalina. O corpo entende que você está se preparando para uma situação de luta, ou fuga. O organismo começa a direcionar o fluxo de sangue para os músculos para que fiquem mais fortes e rígidos”, explica o Dr. Yano.
Cansaço
“Existem várias doenças que podem fazer uma pessoa se sentir cansada, como hipotireoidismo, insuficiência cardíaca, anemia e até a própria depressão. A recomendação é não se automedicar sem saber o diagnóstico”, comenta o médico.