O ator e cantor Arthur Singer faleceu aos 13 anos de idade, na última quinta-feira (6), vítima de Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico, segundo a família. Ele participou, no ano de 2021, do reality show musical "Canta Comigo Teen", na Record. O adolescente também atuou nos musicais "The Pilgrims" e "Matilda".
Mas, afinal, o que leva uma pessoa a ter um AVC na infância ou na adolescência? "Na infância e na adolescência, as principais causas são: cardiopatias congênitas, distúrbio da coagulação, trombofilias, malformações vasculares cerebrais, vasculites (inflamações dos vasos sistêmicos do cérebro), infecções agudas e crônicas, doenças genéticas, alguns tipos de tumores e anemia falciforme", afirma Alex Baeta, médico neurologista da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo, em entrevista ao Terra.
No caso de Arthur Singer, sua mãe, Meire Adriane, afirma que, segundo os médicos que o atenderam, Arthur nasceu com uma má formação. "Má formação essa que nunca foi detectada porque o meu filho nunca reclamou de dor de cabeça e a gente só procura fazer uma tomografia, uma ressonância quando nós temos uma queixa. O meu filho nunca se queixou disso, mas, segundo os médicos, o meu filho teve uma má formação", disse ao Terra.
Existem alguns sinais de risco e alerta aos quais é preciso ficar atento e, se percebidos, é preciso procurar um médico. De acordo com Maurício Hoshino, neurologista e membro do Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura, em entrevista ao Terra, entre os sinais de alerta estão: paralisia de algum membro, boca torta, perda da fala, dor de cabeça súbita, principalmente com vômitos e alteração visual.
Segundo informações do Hospital Albert Einstein, o AVC Hemorrágico tem como principal característica o sangramento em uma parte do cérebro, causada pelo rompimento de um vaso sanguíneo. Na maioria dos casos, ocorre devido à hipertensão arterial ou a uma doença chamada angiopatia amilóide, em que as paredes das artérias cerebrais ficam mais frágeis e se rompem, causando o sangramento.
Em entrevista ao Terra, o neurologista do Hospital Sírio-Libanês, Eli Faria Evaristo, afirma crianças e jovens têm um potencial de recuperação e resposta aos tratamentos muito bons. "O AVC aparece com um mal súbito. A maneira como o problema se apresenta, e se existe a possibilidade de ser tratado rapidamente, reduz o dano. São maiores as chances de recuperação."