Pesquisa conduzida pela Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, revela que o consumo de cinco ou mais copos de água por dia pode reduzir em até 53% o risco de Acidente Vascular Cerebral (AVC). Além disso, os benefícios da hidratação para o organismo são ainda mais abrangentes. De acordo com o estudo, publicado pela revista Harvard Health, manter-se adequadamente hidratado pode promover melhores condições de saúde para aqueles que já tiveram um AVC.
Beber água para diminuir risco de AVC e muito mais
No entanto, este não é o primeiro estudo realizado sobre o tema. Em 2015, uma pesquisa divulgada pelo Hospital Johns Hopkins alertou que a desidratação aumentava quase quatro vezes o risco de complicações relacionadas a doenças cardiovasculares.
“A desidratação torna o sangue mais viscoso, aumentando a formação de trombos, que podem causar AVC. Por isso, é sempre indicado que os pacientes se mantenham bem hidratados”, completa, em matéria do Catraca Livre, o médico neurocirurgião Victor Hugo Espíndola, especialista em doenças cerebrovasculares que atuou no estudo.
Somente a água traz esse benefício
De acordo com o especialista, os benefícios da hidratação são alcançados somente quando o líquido consumido é água - sucos e refrigerantes não proporcionam o mesmo efeito. Para atingir uma quantidade considerada saudável, o estudo sugere uma média de ingestão de seis copos de água por dia, o que equivale a cerca de 1.800 ml a 2 litros.
“Destacamos a importância da ingestão de água para prevenir o AVC e as evidências mostram que os pacientes vítimas de AVC bem hidratados têm uma recuperação melhor”, afirma Espíndola.
O que é AVC?
O AVC ocorre quando há interrupção ou diminuição do fluxo sanguíneo para uma parte do cérebro, privando as células cerebrais dos nutrientes e oxigênio essenciais que o sangue transporta. Como resultado, as células cerebrais começam a morrer em poucos minutos. Esta é uma condição que requer atendimento médico imediato.
Os fatores de risco incluem pressão alta, excesso de peso, sedentarismo, histórico familiar, colesterol elevado, diabetes, entre outros. Portanto, é crucial realizar consultas médicas regulares para evitar complicações desse tipo.