Seja no bloquinho no meio da rua, seja atrás do trio na avenida, no Carnaval o mais comum é beijar muito. No entanto, depois dos dias de folia, alguns sintomas podem aparecer na boca e indicar que sair beijando desconhecidos não foi uma boa ideia. Isso porque a boca humana é abriga muitos fungos, bactérias e vírus que podem causar infecções. Segundo o Ministério da Saúde, entre as mais comuns estão a doença do beijo, o sapinho e a herpes.
A mononucleose infecciosa, conhecida popularmente como doença do beijo, é uma infecção causada pelo vírus Epstein-Barr (EBV) e o principal veículo de transmissão é a saliva. A doença afeta, principalmente, jovens e adultos com idade média entre 15 a 25 anos e é considerada comum no mundo inteiro. O maior problema da doença do beijo é que ela pode ser transmitida pela pessoa infectada sem sintomas até um ano após a infecção.
Estudos demonstram que até 90% da população já foi infectada por EBV em alguma fase da vida. Os sintomas dessa enfermidade duram em média 30 a 45 dias e causam dor de garganta, fadiga, mal-estar, febre e inchaço dos gânglios. Em casos mais graves, é possível desenvolver dor nas articulações e na barriga, além de manchas pelo corpo. Não existe tratamento específico para mononucleose.
Sapinho
O sapinho é uma micose causada por um fungo chamado Candida albicans, que costuma viver na pele e em mucosas. Ele se alimenta de substâncias encontradas no corpo, sem provocar nenhum tipo de dano. Isso porque o fungo vive na camada constituída pelas células mortas. Entretanto, quando o nosso sistema de defesa fica vulnerável, os fungos conseguem se reproduzir com mais facilidade, provocando uma variedade de lesões. Os principais sinais são pontos brancos escamosos (semelhantes a pedaços de queijo), que cobrem a língua, as gengivas, a parte interna das bochechas e, às vezes, os lábios.
Herpes
A herpes é uma infecção causada pelo Herpes simplex vírus e os sinais são visíveis. A pessoa infectada, geralmente, apresenta bolhas pequenas e doloridas na região dos lábios. O contato com o vírus ocorre na infância, mas muitas vezes a doença não se manifesta nesta época. O vírus atravessa a pele e, percorrendo um nervo, se instala no organismo de forma inativa, até que venha a ser reativado.
A transmissão pode ocorrer mesmo quando o portador não possui lesão aparente. Algumas situações geram reações no organismo que permitem a reativação do vírus. Não há cura para a herpes. Em alguns casos, o médico pode prescrever medicamentos para uso local (na forma de cremes ou soluções) ou para uso oral, na forma de comprimidos.
Os sintomas da herpes aparecem nos lábios e também nos órgãos genitais, quando então se configura infecção sexualmente transmissível (IST). Por isso, é preciso ter cuidado. A herpes genital pode ser porta de entrada para outras IST, como sífilis, HPV e HIV. Daí a importância do uso de camisinha em todas as relações sexuais.