Novembro azul é o mês destinado a campanha de conscientização contra o câncer de próstata. Entre os fatores que aumentam o risco para o câncer de próstata, estão a idade (a partir dos 60 anos), histórico da doença da família, herança genética e raça negra.
O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima 71 mil novos casos de câncer de próstata em 2024 no Brasil, sendo o segundo tipo de câncer mais comum entre homens. Em comparação com outros países, como os Estados Unidos, a mortalidade brasileira ainda é elevada, com cerca de 15 mil mortes anuais.
Nesses grupos mais propensos a desenvolver o tumor, o rastreamento com exames clínicos e laboratoriais é essencial para aumentar as chances de diagnóstico precoce e, consequentemente, sucesso no tratamento.
COMO É FEITO O RASTREAMENTO
O rastreamento do câncer de próstata é feito através do toque retal e do exame de sangue para avaliar a dosagem do PSA (antígeno prostático específico). Essa é uma proteína produzida pela próstata que, em níveis elevados, pode indicar alguma doença na glândula, incluindo o câncer.
Além do toque retal e da dosagem do PSA no sangue, também podem ser incluídos no rastreamento exames como ultrassom da próstata e ressonância magnética, segundo Aquino. A confirmação do diagnóstico é feita através da biópsia da próstata por via trans-retal ou trans-perineal, guiada por exames de imagem.
A OMS NÃO RECOMENDA RASTREAMENTO GERAL
A Organização Mundial da Saúde, assim como o Ministério da Saúde, não recomenda que o rastreamento do câncer de próstata seja feito em homens que não têm maior risco para a doença e que não apresentam sintomas. Segundo essas entidades, não há evidência científica de que o rastreamento traga mais benefícios do que riscos.
Por isso, ouvir a opinião e recomendação do médico urologista é fundamental. Isso porque, independentemente de ter risco aumentado ou não para o câncer de próstata, o diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento e maior probabilidade de cura.