Celular aumenta risco de câncer cerebral? Estudo da OMS responde

Pesquisa fez uma ampla revisão de estudos sobre o tema realizados 1994 e 2022 para entender se ondas de rádio emitidas pelo aparelho podem causar tumores no cérebro

OMS explica riscos do celular para câncer cerebral | Reprodução/Internet
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Após um estudo realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi indicado que não existem evidências de que o uso de celulares pode aumentar o risco de câncer no cérebro. O trabalho fez uma ampla revisão de estudos sobre o tema realizados 1994 e 2022, e as conclusões foram publicadas na revista científica Environment International.

O estudo se deu após a Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer (IARC), em 2013, classificar a exposição a campos eletromagnéticos de radiofrequência como possíveis cancerígenos. Isso acendeu o alerta para a possibilidade de o uso de celular causar câncer no cérebro, porém, até então, essa associação não tinha sido evidenciada pela ciência.

REVISÃO DOS ESTUDOS

Diante disso, a OMS encomendou a revisão sistemática de 63 estudos publicados anteriormente para entender os potenciais efeitos à saúde causados pela exposição às ondas de rádio. 

A análise não encontrou associação entre o uso de celulares e câncer de cabeça, incluindo glioma, meningioma, neuroma acústico, tumores da hipófise e tumores da glândula salivar em adultos e tumores cerebrais pediátricos.

“Quando a IARC fez essa classificação em 2013, ela se baseou amplamente em evidências limitadas de estudos observacionais em humanos”, afirma o professor e líder da revisão, Ken Karipidis.

PREPARANDO OS RESULTADOS

Diante dos resultados do estudo, a OMS está preparando uma Monografia de Critérios de Saúde Ambiental sobre os efeitos na saúde causados pela exposição às ondas de rádio. O documento será feito com base nas conclusões do estudo e em outras revisões encomendadas pela entidade.

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