Cinta modeladora emagrece? Especialista esclarece

Cirurgiã plástica explica quais são os tipos de cintas e quando cada uma deve ou não ser usada

Imagem ilustrativa de uma cinta modeladora | Reprodução/Internet
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Usar cinta modeladora ainda é uma opção muito usada por pessoas que preferem outros métodos de emagrecimento além de dietas e cirurgias. Mas, a verdade é que, quando se fala em perda de peso, não há nada que ofereça esse resultado a não ser, de fato, o déficit calórico.

A cirurgiã plástica Tatiana Moura, em entrevista ao Terra, explicou que existem dois tipos diferentes de cintas, usadas para diferentes fins: as cintas modeladoras e as cintas pós-cirúrgicas, ambas usadas para compressão, porém de maneiras distintas.

"A grande maioria das cintas modeladoras tem uma estruturação maior e um tecido um pouco mais encorpado na intenção de realmente modelar o corpo, além de, às vezes, uma barbatana. Elas não são indicadas para o período pós-cirúrgico. Já as cintas cirúrgicas têm uma compressão mais leve do que as modeladoras e um tecido muitas vezes mais confortável, sem uma estruturação rígida", explica a profissional.

AFINAL, A CINTA EMAGRECE?

A médica garante que nenhuma cinta modeladora emagrece. "Ela pode diminuir a circunferência da silhueta, mas de uma forma artificial, pela compreensão que fornece naquele momento", esclarece.

Dito isso, a cinta modeladora pode, sim, ser usada para diminuir medidas, porém esse efeito só existirá enquanto ela ainda estiver no corpo. "Sendo assim, a cinta modeladora é indicada para todos aqueles que tiverem vontade de modelar a silhueta", aponta Tatiana.

HÁ RISCOS OU CONTRAINDICAÇÕES NO USO DE CINTAS?

A especialista alerta que as cintas estruturadas são exatamente contraindicadas para pacientes que estão em pós-cirúrgico. "Além disso, peças com uma compressão muito importante (ou seja, com alta compressão) não são indicadas para pacientes com alguma restrição respiratória, que precisem muito da parte abdominal da respiração, para gestantes ou pessoas com retorno venoso mais deficiente", ela completa.

Quanto aos riscos, em casos pós-cirúrgicos, o uso errado das cintas pode levar à necrose da pele devido à compressão exagerada, uma vez que a vascularização da região que está operada pode ser comprometida. Quanto aos pacientes com restrição respiratória, os riscos também envolvem dificuldade de amplitude da base pulmonar, prejudicando a respiração.

"Então, é preciso avaliar todas essas questões, como se o paciente tem indicação ou uma contraindicação para ter uma compressão abdominal importante", alerta Tatiana.

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