Um dos maiores eventos internacionais de saúde cardiovascular do mundo, o American Heart Association, foi palco de apresentação de um novo estudo importante para a ciência. O estudo revelou uma relação preocupante entre as flutuações nos níveis de colesterol e o aumento do risco de demência em adultos mais velhos.
A pesquisa fez parte do projeto ASPREE (ASPirin in Reducing Events in the Elderly), um estudo de longo prazo realizado nos Estados Unidos e na Austrália com quase 10.000 participantes.
COLESTEROL E O RISCO DE DEMÊNCIA
No estudo, foram indicadas que variações anuais nos níveis de colesterol total e LDL-C (colesterol “ruim“) estão associadas a um risco 60% maior de desenvolver demência e 23% maior de declínio cognitivo. Esses dados sugerem que a monitorização regular do colesterol pode ser uma ferramenta importante para identificar precocemente a propensão ao quadro neurológico e reforçam a importância de manter níveis controlados de colesterol para a saúde cerebral.
No projeto, participantes com idade média de 70 anos, sendo 32% usuários de medicamentos para controle de colesterol foram testados. Durante os três primeiros anos, os voluntários realizaram exames anuais para medir os níveis de colesterol total, LDL-C, HDL-C (colesterol “bom”) e triglicerídeos. Com base nas flutuações desses níveis, os participantes foram divididos em quatro grupos.
IMPACTO DOS NÍVEIS DE COLESTEROL
As flutuações no colesterol, especialmente no LDL, podem afetar a estabilidade das placas de gordura nas artérias, prejudicando o fluxo sanguíneo e a oxigenação do cérebro, o que pode acelerar o colapso cognitivo. Essas flutuações também podem refletir instabilidade na saúde geral ou problemas metabólicos, fatores que contribuem para o comprometimento do cérebro ao longo do tempo.
EVITE O COLESTEROL ALTO
1. Atividade física: exercícios regulares “queimam” gordura acumulada no organismo e baixam o nível do colesterol.
2. Evite a gordura: o consumo diário de carne vermelha (característica de muitos brasileiros) aumenta o risco. Carnes com muita gordura, pele de frango e frituras também devem ser evitados.
3. Alimentação saudável: hábitos alimentares saudáveis ajudam a regular o colesterol. Consuma alimentos in natura e minimamente processados como cereais integrais, frutas, legumes e verduras.
4. Pare de fumar: o cigarro potencializa os riscos de doenças do coração.
5. Procure um médico: o acompanhamento de profissionais de saúde ajuda a identificar fatores de risco e auxilia no controle do colesterol alto.