Combatendo o câncer colorretal: sintomas, diagnóstico e tratamento

Este tipo de câncer abrange tumores que acometem um segmento do intestino grosso (o cólon) e o reto

Imagem ilustrativa de câncer colorretal | Reprodução/Internet
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Você conhece o câncer colorretal? Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), é estimado que no triênio 2023-2025 haja 45.630 casos de câncer colorretal em homens e mulheres a cada ano. Com uma maior incidência a partir dos 50 anos, podendo aumentar com o avanço da idade, o tumor se desenvolve no intestino grosso: no cólon ou em sua porção final, o reto.

Em entrevista ao Boa Forma, o oncologista Artur Ferreira explica que o principal tipo de tumor colorretal é o adenocarcinoma. “Em 90% dos casos, ele se origina a partir de pólipos na região que, se não identificados e tratados, podem sofrer alterações ao longo dos anos, tornando-se cancerígenos”, diz.

CÂNCER EM PESSOAS MAIS JOVENS

É preciso ressaltar, porém, a incidência do diagnóstico em pessoas mais jovens. Foi publicado no Journal of the National Cancer Institute - realizado nos Estados Unidos de 1974 até 2013 - um dos estudos científicos que embasam essa argumentação. 

A análise mostrou que nas pessoas entre 20 a 39 anos de idade, por exemplo, o número de novos casos de câncer de intestino vem crescendo anualmente, entre 1% e 2,4%, desde a década de 1980. Já os casos de câncer de reto, nas pessoas entre 20 e 29 anos de idade, tiveram um aumento anual médio de aproximadamente 3,2%, desde 1974.

SINTOMAS

Conforme o médico, é importante que as pessoas conheçam os sinais do câncer colorretal e procure por um especialista o quanto antes ao identificá-los. 

"Apesar de a doença muitas vezes ser silenciosa, o paciente deve observar se há alteração nos hábitos intestinais, como constipação, diarreia, ou estreitamento das fezes por alguns dias, ausência da sensação de alívio após a evacuação, como se nem todo conteúdo fecal fosse eliminado, nódulo no abdômen, sangue nas fezes, cólica, dor abdominal, perda de peso sem motivo aparente, sangramento retal, fraqueza e sensação de fadiga", ele explica.

DIAGNÓSTICO

O primeiro passo para diagnosticar o câncer é analisar o histórico do paciente para saber se existem possíveis sinais de risco para a doença. Depois, para que o diagnóstico seja de fato definido, é necessário a realização de exames, sendo o primeiro deles o físico. Nele, o médico irá palpar o abdômen em busca de órgãos aumentados ou massas no local.

O especialista pode solicitar ainda um exame digital retal. Com o dedo protegido por uma luva lubrificada, o médico irá avaliar se existe algo de diferente no reto do paciente. "Além do exame físico e digital, pode ser pedido exames de sangue e fezes, biópsia, colonoscopia e de imagem, como raio X, ultrassonografia, ressonância magnética, tomografia computadorizada e PET Scan", comenta o oncologista.

Após o diagnóstico, o médico irá avaliar também em qual estágio o câncer colorretal é classificado. Segundo o oncologista, essa informação é fundamental para determinar os passos do tratamento e entender se há ou não o comprometimento de outros órgãos.

TRATAMENTO

Felizmente, e na maioria dos casos, o câncer colorretal é curável. No entanto, é essencial que o diagnóstico aconteça precocemente, aumentando assim o sucesso do tratamento. "A equipe multidisciplinar irá avaliar cada caso a parte, adotando quais serão as estratégias e opções disponíveis para o paciente", comenta Ferreira.

Os tratamentos para a neoplasia podem ser definidos em dois tipos:

- Tratamentos locais (cirurgia, radioterapia, embolização e ablação): agem diretamente no tumor, sem afetar o restante do corpo. Pode ser realizado nos Estágios iniciais ou ainda nos tumores menores que não apresentam metástase.

- Tratamentos sistêmicos (quimioterapia, imunoterapia ou terapias-alvo): pode ser realizado por drogas orais (comprimidos) ou endovenosas (na veia), aplicando diretamente na corrente sanguínea.

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