Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de pele é uma doença muito comum, com estimativa de acometer mais de 200 mil brasileiros em 2024. Com a proximidade do verão, as pessoas expõem mais o corpo e as preocupações com os cuidados com a pele aumentam.
O tipo mais frequente é o câncer de pele não melanoma, que corresponde a cerca de 30% de todos os tumores malignos no país. Embora tenha baixa letalidade, esse tipo de câncer pode causar complicações graves, especialmente em estágios avançados. Já o melanoma, que representa apenas 3% dos tumores de pele, é muito mais letal, sendo responsável por mais de 2 mil mortes no Brasil em 2020, com incidência crescente nos últimos anos.
PRINCIPAIS SINAIS DO CÂNCER DE PELE
Em entrevista ao Terra, a oncologista Marina Sahade listou os principais sinais de alerta do câncer de pele:
- Alterações de pintas ou manchas pré-existentes;
- Mudança de cor das pintas;
- Alterações de tamanho das pintas;
- Mudança de textura das pintas;
- Surgimento de sangramento ou coceira sobre a lesão.
“Por isso é tão importante conhecer e observar sempre a própria pele, para que as eventuais mudanças sejam notadas”, ressalta a especialista.
DIAGNÓSTICO
A especialista destaca que o diagnóstico precoce é crucial para aumentar as chances de cura, especialmente no caso do melanoma, que pode evoluir para metástase.
“Mesmo o melanoma, o tipo mais raro e agressivo de câncer de pele, tem elevada chance de cura quando descoberto no início”, afirma.
FATORES DE RISCO
- Exposição solar prolongada e repetitiva: especialmente durante a infância e adolescência, é o principal fator de risco para o câncer de pele.
“Pessoas com pele, olhos e cabelos claros, que se queimam facilmente, têm maior predisposição, mas é fundamental lembrar que pessoas negras também podem desenvolver a doença”, alerta a médica.
- Imunossuprimidos e indivíduos com histórico familiar de câncer de pele: além deles, aqueles que utilizam câmaras de bronzeamento artificial estão no grupo de risco.
Marina ainda reforça a importância de campanhas como o Dezembro Laranja, que promovem a conscientização e incentivam consultas regulares ao dermatologista.