O Dia dos Namorados está chegando e os sentimentos são um dos assuntos mais comentados neste período. A médica psiquiatra Jéssica Martani explica que as bases biológicas e químicas que estão por trás das emoções são estudadas pela ‘neuroquímica do amor’. "Quando nos apaixonamos ou sentimos um forte vínculo emocional com alguém, diversas substâncias químicas são liberadas no cérebro, influenciando nossas emoções e comportamentos. Cada uma das principais substâncias envolvidas desempenham um papel", diz a médica.
Segundo Martani, o entendimento sobre as mudanças que se dão de forma fisiológica e também mentalmente quando começamos a viver um amor pode ajudar no autoconhecimento e evitar as frustrações. A psiquiatra trouxe a explicação sobre os quatro hormônios do amor, para ajudar a entender melhor como se dar este processo.
O primeiro deles é a dopamina, que é um neurotransmissor associado ao prazer e à recompensa. "Quando estamos apaixonados, a liberação de dopamina aumenta, gerando sentimentos intensos de felicidade, motivação e excitação", diz a especialista. A dopamina também está relacionada às memórias positivas sobre a pessoa amada.
Hormônio do amor
O hormônio do amor, como é conhecida a oxitocina, tem papel importante na hora de criarmos laços de afeto e intimidade emocional com alguém. "A liberação de oxitocina ocorre durante o contato físico, como abraços, beijos e relações sexuais, além de momentos de conexão emocional e é ela que promove sentimentos de confiança, empatia e apego", explica Jéssica Martani.
Já a serotonina está associada ao bem-estar e ao humor das pessoas. Quando se está inicando um amor romântico, a liberação desse neurotransmissor pode diminuir, causando sentimentos de euforia, obsessão e pensamentos constantes sobre o objeto de amor. "Essa diminuição da serotonina também pode estar relacionada a perda de apetite e ao sono irregular", ensina a médica.
E, por último, temos a endorfina. Segundo a médica psiquiatra, esse neurotransmissor atua no organismo como analgésicos naturais. São esses hormônios que promovem as sensações de prazer e alívio. "Durante a fase de paixão intensa, a liberação de endorfinas é aumentada, proporcionando uma sensação de felicidade, êxtase e bem-estar", expõe a psiquiatra em entrevista ao Terra.