Após revelar que suas filhas de oito e nove anos de idade bebem cerveja sem álcool, a atriz Kristen Bell, mais conhecida por seu papel em “The Good Place”, causou polêmica entre internautas que se questionaram sobre o consumo de menores.
Segundo o médico Sanjay Gupta, à CNN internacional, o risco em oferecer essas bebidas às crianças não está na saúde imediata, mas sim que elas atuem como “porta de entrada”.
“Parte do apelo é que as bebidas têm o mesmo gosto, a mesma aparência e o mesmo cheiro que as bebidas alcoólicas. É uma experiência similar. Mas, como resultado, também pode dar às crianças a chance de ‘praticar beber. Isto poderia criar uma cultura de beber em uma idade muito nova”, explicou o médico.
A PRODUÇÃO NÃO É RECOMENDADA PARA MENORES
Segundo o especialista, a produção de versões sem álcool de bebidas tradicionalmente alcoólicas não é pensada e nem recomendada pelas marcas para o público infantil. A tendência ganhou espaço dentre os consumidores adultos que buscam um estilo de vida mais saudável e equilibrado, evitando o consumo de álcool, ou dentre aqueles que precisam parar de beber álcool, mas ainda querem matar a saudade do gosto.
ESTÃO CADA VEZ MAIS FAMOSAS
As bebidas sem álcool tem ganhado cada vez mais espaço nas mesas do Brasil e do mundo inteiro. No mundo todo, o segmento movimenta mais de US$ 10 bilhões, segundo dados da Worldwide Beer Alliance (WBA).
Um estudo feito no Japão – onde só é possível beber álcool legalmente após os 20 anos – mostrou que entre 20% e 30% dos alunos do ensino fundamental, médio e superior bebem bebidas não alcoólicas. Estes jovens também demonstraram estar mais propensos ou interessados em beber álcool do que os outros.
Sanjay Gupta ainda ressaltou que bebidas não alcoólicas ainda podem conter uma quantidade pequena de álcool: “Então, se você está tentando ficar em abstinência absoluta, é bom ler os rótulos”.