Os alimentos ultraprocessados, que englobam desde refrigerantes até comidas congeladas, caracterizam-se por altos teores de gorduras, açúcares, sal e diversos aditivos químicos. Além disso, um estudo publicado recentemente na revista BMJ Global Health revelou que o consumo desses alimentos aumenta em 20% o risco de mortalidade.
Entenda o perigo dos ultraprocessados
Com mais de 100 mil participantes acompanhados ao longo de uma década, este estudo não apenas destacou o número estimado de mortes prematuras, calculadas em 57 mil por ano entre brasileiros de 30 a 69 anos, mas também deu ênfase ao potencial preventivo de uma redução nesses números.
No Brasil, observou-se um aumento significativo nessa ingestão, de 12,6% para 18,4% entre 2002 e 2018, o que reflete uma tendência preocupante que demanda atenção. Há quem argumente que esse fenômeno está diretamente relacionado à mudança no padrão alimentar global, influenciado pelo marketing agressivo e pela conveniência desses produtos.
Consequências
A causa contribui para aumentar o risco de obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares e câncer, devido à presença de carcinógenos em muitos desses produtos. Estudos indicam que reduzir o consumo aos níveis de uma década atrás poderia prevenir 21% dessas mortes, destacando a necessidade urgente de políticas voltadas para a promoção de uma alimentação saudável.
“Este momento exige uma reflexão profunda sobre as escolhas alimentares e o modelo de produção de alimentos. A mudança começa com a informação e a conscientização sobre os impactos de nossas escolhas alimentares tanto para nossa saúde quanto para o ambiente. Com essa abordagem, podemos caminhar em direção a um futuro mais saudável e sustentável”, afirma a médica especializada em nutrologia, Renata de Nóbrega, em entrevista ao Sport Life.