É comum que casais adotem o hábito de dormir de conchinha, buscando aconchego e conforto. No entanto, compartilhar a cama pode apresentar desafios. Nos primeiros meses de relacionamento, é comum a vontade de dormir ao lado do parceiro para desfrutar de momentos românticos a dois, o que pode contribuir para a saúde e o bem-estar.
"Entre os benefícios de se dormir junto estão o impacto positivo na saúde mental e no bem-estar geral. O toque físico pode aumentar a intimidade e a conexão, estimulando a liberação de ocitocina - o hormônio que auxilia na diminuição das respostas do corpo ao estresse", explica Márcia Assis, neurologista, especialista em medicina do sono e vice-presidente da Associação Brasileira do Sono (ABS).
Os benefícios não param por aí e podem até mesmo melhorar a qualidade do sono do casal, segundo a neurologista. "O toque está associado à maior qualidade subjetiva do sono, duração do sono e ocorrências mais curtas e menor despertar após o início do sono", completa a especialista, em entrevista para a Boa Forma.
Dormir de conchinha faz bem?
A profissional afirmou ainda que dormir de conchinha pode, sim, ser bom para a saúde. "O toque físico próximo ao momento de dormir aumenta as funções reguladoras do afeto, sugerindo que o compartilhamento da cama pode melhorar esta regulação, além de promover satisfação e um relacionamento saudável", aponta.
Apesar de todos os benefícios, ela ressalta que, com o passar do tempo, o sono pode se tornar uma questão no convívio. "Se dividir a cama impede a pessoa de se movimentar para a escolha de posições confortáveis, é importante conversar com o companheiro para ambos terem qualidade do sono", finaliza a especialista.