A diabetes é uma doença que resulta da má absorção ou produção insuficiente de insulina. O hormônio é responsável por transformar as moléculas de glicose em energia, mantendo o funcionamento das células do organismo. A condição pode causar um aumento na glicemia, comprometendo diversas funções do corpo, de modo a afetar diretamente o bem-estar individual.
A quantidade de diabéticos no Brasil corresponde a cerca de 20 milhões de pessoas, apontam dados do Censo 2022 do IBGE. Os números são alarmantes e representam 9,8% da população. Nesse sentido, incentivar a busca pelo diagnóstico e tratamento adequados é fundamental para zelar pela saúde pública e pela qualidade de vida dos pacientes.
DIABETES NÃO CONTROLADA
Quando não controlada, a diabetes deve levar ao desenvolvimento de outras complicações. As mais comuns afetam áreas essenciais, como o coração, artérias, cérebro, olhos, rins e nervos. Além disso, é importante atentar-se aos sintomas iniciais, que se manifestam por meio de alguns sinais específicos, como visão embaçada, frequente vontade de urinar e aparecimento de feridas que levam maior tempo para cicatrizar.
Pesquisas recentes ainda alertam para a relação entre a doença e a perda auditiva, já que os diabéticos possuem duas vezes mais chances de perderem a audição em grau leve ou moderado. Pacientes com pré-diabetes também apresentam 30% a mais de risco para desenvolver a surdez, evidenciando, portanto, a importância do diagnóstico precoce e do controle dos níveis glicêmicos.
PREJUÍZOS
A endocrinologista Dra. Lilian Kanda Morimitsu, explica que a diabetes pode causar prejuízos à circulação do sangue. Dessa forma, a condição afeta os vasos do ouvido interno, culminando em danos auditivos.
Ademais, a inflamação crônica decorrente da doença deve danificar as estruturas do ouvido, contribuindo para a perda da audição neurossensorial. Nesse cenário, os indivíduos portadores da diabetes tipo 2 são os mais afetados.
"Os diabéticos frequentemente enfrentam complicações como a neuropatia diabética, que pode afetar os nervos essenciais para a audição. Isso, somado ao desequilíbrio de fluidos no ouvido interno, pode levar a distúrbios de equilíbrio e vertigem", esclarece a especialista.