- Doenças e condições de saúde
Doadores que apresentem febre ou manifestem sintomas de gripe ou resfriado, por exemplo, precisam esperar sete dias depois do fim dos sintomas. As pessoas que estão passando por episódios de conjuntivite ou diarreia recente e suspeita de covid-19 também não podem doar temporariamente.
Pessoas que têm diabetes tipo 1 e fazem uso de insulina também não podem, pois podem apresentar reação capaz de afetar o estado de saúde delas. Por outro lado, aquelas com diabetes tipo 2 podem doar sangue desde que esteja controlada. Pessoas com pré-diabetes também podem doar.
Quem tem diabetes gestacional ou passa por tratamento para epilepsia não pode doar sangue.
No caso de hipotireoidismo, se estiver controlado, a pessoa pode doar sangue, mas quem estiver em tratamento para hipertireoidismo não pode realizar o procedimento. Hipertenso em estado descompensado também não deve doar sangue, mas pode fazê-lo se a condição estiver sob controle.
- Gravidez, amamentação, aborto e menstruação
Há restrições temporárias também para mulheres grávidas ou em pós-parto (90 dias para parto normal e 180 dias para cesariana), bem como as que estão amamentando (12 meses após o parto). O impedimento também inclui mulheres que sofreram aborto nos três meses que antecedem a doação. Mulheres que estão menstruadas podem doar se não apresentarem anemia.
- Ingestão de substâncias
Outros impedimentos considerados temporários são ingestão de bebida alcoólica ou outras substâncias psicoativas nas 12 horas que antecedem a doação e extração dentária ou canal nos sete dias antecedentes. Quem fez tatuagem ou colocou piercing nos últimos 12 meses também precisa esperar para poder voltar a doar.
- Procedimentos e tratamentos de saúde
Não podem doar sangue pessoas que enfrentaram apendicite, hérnia, amigdalectomia e varizes nos últimos três meses ou que passaram por colecistectomia, histerectomia, nefrectomia, politraumatismos sem sequelas graves, tireoidectomia, colectomia nos últimos seis meses.
Aqueles que passaram por cirurgias de grande porte devem ficar até um ano sem doar, mas esse período pode variar de um procedimento para outro. Aqueles que passaram por cirurgias de pequeno e médio porte precisam esperar três meses para voltar a doar sangue. Quem passou por procedimentos com endoscópio deve esperar seis meses.
- Outras restrições temporárias
As pessoas que passaram por transfusão de sangue devem aguardar um ano e as que tomaram vacinas precisam respeitar o tempo de cada uma. Os imunizantes contra a covid-19, por exemplo, variam: quem tomou Coronavac deve esperar dois dias, os que foram vacinados com Astrazeneca, Pfizer ou Janssen, sete dias.
Viajar para locais com surto de doenças pode levar a um impedimento para que se doe sangue temporariamente, a exemplo de locais com surto de febre amarela ou Estados e países com prevalência de malária. Quem esteve em localidades do Acre, Amapá, Amazonas, Rondônia, Roraima, Maranhão, Mato Grosso, Pará e Tocantins deve aguardar 12 meses para doar, após o retorno, segundo a Fundação Pró-Sangue de São Paulo.
Doadores que foram expostos a situações consideradas de risco para infecções sexualmente transmissíveis (como contato sexual com alguém com teste positivo para HIV) devem esperar 12 meses após o episódio.
Como mencionado no início da reportagem, uma restrição controversa deixou de vigorar no país em maio de 2020. Até aquele momento, os bancos de sangue não aceitavam doação de homossexuais do sexo masculino ou de homens que tivessem feito sexo com homens nos últimos 12 meses. Além disso, um projeto de lei foi aprovado no final de 2021 proibindo a discriminação de doadores de sangue por causa da orientação sexual.