Uma iminente epidemia tem assombrado a China nos últimos dias. Após um surto misterioso de uma doença respiratória que está levando muitas crianças ao hospital, que já se encontram sobrecarregados. Em contrapartida, não existem relatos de adultos doentes, embora não haja números oficiais até o momento.
O sistema de vigilância Promed, um portal de monitoramento de doenças, alertou que trata-se de epidemia de uma pneumonia desconhecida. As informações são de reportagens veiculadas na imprensa local não alinhadas ao governo comunista. Há relatos de que a doença não está provocando tosse, mas sim febre alta. Alguns pacientes desenvolveram nódulos nos pulmões.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) solicitou mais explicações ao governo chinês e orientou que a população da China tome medidas para reduzir a transmissão de agentes infecciosos respiratórios. O uso de máscara e o reforço de vacinação estão entre as recomendações.
“A OMS solicitou informações epidemiológicas e clínicas adicionais, bem como resultados laboratoriais destes grupos relatados entre crianças, através do mecanismo do Regulamento Sanitário Internacional”, afirmou o comunicado.
Resposta da China
O país atribui o aumento de casos ao fim das restrições da covid-19 e à circulação de agentes patogênicos conhecidos, como a gripe, o vírus sincicial respiratório (RSV) e o SARS-CoV-2 (o vírus que causa a covid-19). O ressurgimento de vários agentes patogénicos respiratórios ocorre num momento em que a China entra no seu primeiro inverno, depois de aliviar as rigorosas restrições à pandemia.
Autoridades locais destacaram a necessidade de uma melhor vigilância das doenças nas instalações de saúde e em ambientes comunitários, bem como de reforçar a capacidade do sistema de saúde para gerir os pacientes. O aumento em doenças semelhantes à gripe registrou um aumento desde meados de outubro, em comparação com o mesmo período dos três anos anteriores. O primeiro caso de covid-19 foram notificados como pneumonia inexplicável no final de 2019, com a primeira morte pela doença em Janeiro de 2020, também na China.