A mulher tem mais incidência por causa do tamanho mais curto da uretra (4 centímetros contra 20 centímetros do homem). As bactérias contidas na vagina têm um caminho menor a percorrer entre a vulva e a bexiga, o que facilita a colonização e proliferação de microrganismos. A contaminação também pode acontecer por meio do sistema gastrointestinal, devido à proximidade com o ânus.
A atividade sexual ativa aumenta em até 60 vezes o risco de infecção urinária feminina —e não tem relação com o uso ou não de preservativo. As lesões na região íntima geradas pelo ato facilitam a contaminação. Uma dica é urinar logo em seguida, para limpar a uretra e, assim, eliminar as bactérias do canal.
Na gestação, a recorrência ocorre porque o trato urinário fica mais dilatado, o que dificulta o vazamento da urina. O acúmulo se torna, assim, um meio de cultura de bactérias. Se não tratar adequadamente, o processo inflamatório pode contrair o útero e predispor a trabalho de parto prematuro.