Quem nunca acordou no dia seguinte a uma bebedeira dizendo a famosa frase “nunca mais eu bebo”? A sensação de que bebeu demais e as consequências desse exagero podem ser bem desconfortáveis para algumas pessoas. No entanto, alguns sintomas podem indicar que você não está apenas de ressaca, mas com uma possível intolerância ao álcool.
Os sintomas da intolerância têm início pouco tempo depois da ingestão de álcool e costumam incluir fraqueza, náusea, dor de cabeça, cansaço, vermelhidão na pele, taquicardia, confusão mental e até nariz entupido. Essas reações são resultado de deficiências nas enzimas responsáveis por quebrar e metabolizar o álcool.
"A intolerância se caracteriza por reações desagradáveis após o consumo de doses relativamente pequenas de álcool. A causa é uma condição genética na qual o indivíduo acumula acetaldeído (o principal produto da transformação do álcool pelas células) no organismo", explica a professora e coordenadora de nutrição da Cruzeiro do Sul Virtual, Camila Queiroz.
Apesar de alguns fatores serem importantes para que a pessoa ligue o alerta para a intolerância ao álcool, essa condição é identificada através de exames específicos feitos em laboratórios. Os fatores que ajudam a identificar são a quantidade de álcool consumida, o intervalo de tempo entre o consumo e o aparecimento dos sintomas e os próprios sintomas.
O que causa a intolerância
A professora do curso de nutrição da Cruzeiro do Sul Virtual, Luana Paula Gomes, explica que mesmo os sintomas sendo parecidos com os de uma reação alérgica, a intolerância ao álcool não é uma alergia. "A condição de intolerância deriva da inatividade da enzima aldeído-desidrogenase 2 (ALDH2), que possui um importante papel no metabolismo do álcool atuando como aceleradora do processo de transformação do acetaldeído (substância tóxica resultante da metabolização do etanol) para acetato, diminuindo a concentração e os efeitos tóxicos do acetaldeído", detalha.
A única forma de evitar sofrer com reações de intolerância ao álcool é evitar o seu consumo, já que se trata de uma alteração genética. Além disso, a pessoa que tem esse problema deve procurar orientação médica para que se chegue a um diagnóstico adequado, além de avaliar uma possível existência de outras condições também relacionadas ao metabolismo do álcool.