A dengue, doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, ainda é um sério problema de saúde pública em várias regiões do mundo, incluindo o Brasil. Em 2023, a maioria dos casos - mais de 2,6 milhões - foi registrada no Cone Sul, sendo o Brasil responsável por 80% deles, de acordo com dados da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).
Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), taxas superiores a 300 casos por 100 mil habitantes indicam uma situação epidêmica. No Brasil, até o final de outubro, foram notificados cerca de 1,6 milhão de casos de dengue. Segundo levantamento do Ministério da Saúde, esse dado aponta um aumento de 21,4% em comparação com o mesmo período em 2022.
Sintomas
Normalmente, a dengue apresenta quatro tipos diferentes de vírus, tendo como principais sintomas febre alta, dor de cabeça e atrás dos olhos, perda de apetite, cansaço e manchas vermelhas pelo corpo. Em casos mais graves, também pode causar sintomas como dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes e sangramento de mucosas.
Para evitar esse transtorno, Bruno Saito, gestor ambiental do Programa Ambientes Verdes e Saudáveis (PAVS), criado pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, dá algumas dicas que são essenciais para a não proliferação do Aedes aegypti. Evitar a proliferação do mosquito é fundamental para combater a doença.
Dicas para evitar o mosquito
A principal dica é a remoção de criadouros de mosquitos em redor da sua casa, a medida clássica que faz toda a diferença, se levada em consideração. Para isso, certifique-se de que não haja recipientes, como baldes, garrafas ou pneus velhos, acumulando água em seu quintal. Se houver, esvazie-os e dê a destinação correta a eles. Mesmo pequenos objetos, como tampas de garrafas e pratos, podem acumular água e se tornarem criadouros. O ideal é virá-los para baixo ou eliminá-los, se não forem necessários.
Além disso, é importante que se cubra reservatórios de água, fossas e mantenha as piscinas tratadas, esses são lugares perfeitos para a reprodução do mosquito. Por isso, certifique-se de manter esses locais cobertos ou adequadamente tratados. “A nossa caixa de água merece toda a atenção. Ela deve ser limpa periodicamente e sua tampa deve sempre estar bem ajustada. Essa prática faz toda a diferença, evitando que o local se torne um criadouro”, afirma.
Outras dicas
Mantenha as calhas e caleiras limpas e desentupidas: Calhas entupidas podem acumular água parada, tornando-se um criadouro ideal para os mosquitos. Assim, o profissional orienta que a limpeza seja feita regularmente para evitar esse problema.
Coloque areia fina nos pratos de vasos ou jarras, ou retire-os para evitar a acumulação de água: Outra dica clássica, mas essencial. Vasos e jarras de flores podem conter água parada, por isso, coloque sempre uma camada de areia fina no fundo dos pratos ou, se possível, retire-os quando não estiverem em uso.
Mude a água dos vasos e jarras de flores uma vez por semana: Se você tiver vasos de plantas em sua casa, não esqueça de trocar a água pelo menos uma vez por semana. Isso evitará que o mosquito deposite seus ovos na água parada.
Mantenha a relva curta: Sim, os mosquitos podem se esconder na vegetação alta. Por isso, manter a grama do seu jardim curta pode ajudar a reduzir essas chances.