Estes 7 hábitos comuns podem te levar a uma infecção urinária

A infecção urinária é causada pela proliferação de bactérias no trato urinário

A infecção urinária pode ser prevenida quando se evitam alguns hábitos | Reprodução/Internet
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A infecção urinária é causada pela proliferação de bactérias no trato urinário, incluindo uretra, bexiga, ureteres e rins, geralmente entrando através da uretra e causando irritação e inflamação. Os tipos mais comuns são cistite (infecção na bexiga) e pielonefrite (infecção nos rins). Os sintomas incluem queimação ao urinar, aumento da frequência e urgência urinária, dor abdominal ou pélvica, urina turva, com odor forte e presença de sangue. Em casos graves, pode causar febre, calafrios, náuseas e vômitos. A seguir, veja hábitos que podem aumentar os riscos de desenvolver o problema.

Não beber água suficiente. A desidratação pode levar à concentração excessiva da urina, favorecendo a proliferação de bactérias no trato urinário. Christian Aguiar, médico especialista em suplementação natural, afirma que a falta de consumo adequado de água pode resultar em urina mais concentrada, causando irritação na bexiga e comprometendo a imunidade local, o que aumenta o risco de infecções.

Segurar a urina. Quando a pessoa demora muito tempo para ir ao banheiro, contribui para que as bactérias se multipliquem na bexiga. "Uma atitude simples que pode ajudar muito, além do aumento da ingestão de líquidos, é não prender urina por longos períodos. O fato de a bexiga ficar muito tempo sem esvaziamento favorece uma colonização maior de bactérias nessa região, que facilita o surgimento da infecção urinária", ressalta o ginecologista André Vinicius, em entrevista ao Terra.

Não manter a higiene adequada. A falta de higiene pessoal, especialmente após usar o banheiro, facilita a entrada de bactérias no trato urinário. "Quando for ao toalete, limpe sempre de frente para trás e, ao evacuar, prefira realizar uma lavagem ou utilizar lenços umedecidos neutros, como aqueles próprios para bebês, limpando a área para remover os resíduos de fezes e bactérias", recomenda Adriana Campaner, líder da comissão de Trato Genital Inferior da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO).

Usar roupas apertadas. Vestir roupas apertadas, especialmente calcinhas ou cuecas feitas de materiais sintéticos, pode criar um ambiente úmido e abafado que favorece a proliferação de bactérias. "[…] Use roupas mais leves e arejadas. Isso reduz o risco de desenvolver infecções vaginais, que, por sua vez, estão associadas a infecções urinárias. A uretra (canal por onde sai a urina) é muito próxima da vagina; infecções vaginais podem levar bactérias da vagina para esse canal da uretra, gerando a cistite, que é um tipo de infecção urinária", explica André Vinicius.

Depilação total da região íntima. Remover completamente pelos pubianos está associado a um maior risco de infecção urinária recorrente. "[…] A depilação total pode favorecer a mais transpiração, mudança das bactérias locais favorecendo a infecções, alergias, prurido e irritação local. Estudos recentes mostraram que aumenta o risco de ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis) como clamídia e gonorreia que podem levar à infertilidade, e infecções urinárias de repetição", explica Marise Samama, ginecologista e obstetra e presidente da AMCR.

A alimentação também pode contribuir

O consumo em excesso de açúcares e alimentos processados pode promover o crescimento bacteriano no trato urinário. Por outro lado, uma dieta equilibrada, composta por frutas, vegetais e proteínas magras, contribui para a manutenção de um sistema imunológico saudável e reduz o risco de infecções. Christian Aguiar sugere que a inclusão de vitamina C, cranberries e probióticos na dieta ajuda a promover o equilíbrio saudável de bactérias.

Higiene inadequada durante o período menstrual

Não trocar os absorventes com a frequência adequada ou manter uma higiene insuficiente durante o período menstrual pode aumentar o risco de infecções urinárias. Recomenda-se trocar os absorventes internos a cada 4 horas, dependendo do fluxo menstrual. Já os absorventes externos devem ser substituídos a cada 3 a 4 horas, ajustando-se à intensidade do fluxo.

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