Algumas alterações no estilo de vida podem ser suficientes para melhorar a saúde mental em idosos com potencial suscetibilidade ao Alzheimer, conforme revelado pelo estudo "Genetic Risk, Midlife Life’s Simple 7 and Incident Dementia in the Atherosclerosis Risk in Communities Study" realizado nos Estados Unidos. Atualmente, as demências, incluindo o Alzheimer, são as doenças que mais afetam os idosos globalmente e estudo mostra que alguns hábitos contribuem para isso.
Para investigar como certas mudanças no estilo de vida podem interferir no risco de Alzheimer, os pesquisadores conduziram um estudo com um grupo experimental de 82 pessoas, proporcionando treinamento personalizado. O objetivo era estabelecer metas baseadas em fatores de risco e adaptar atividades conforme as habilidades, interesses e preferências individuais em programas abrangendo dieta, medicamentos, exercícios, interações sociais, aspectos psicológicos, padrões de sono e educação.
Estruturação do estudo
Com várias estratégias à disposição, o programa foi estruturado em três fases distintas: desde o registro de alimentos até o uso de dispositivos de monitoramento de atividade física, de sessões de vídeo até oportunidades de voluntariado, e de terapias medicamentosas até práticas de mindfulness. Enquanto isso, os 90 participantes do grupo de controle receberam materiais educativos a cada três meses, abordando os mesmos fatores de redução do risco de demência enfocados pelo grupo experimental.
8 Hábitos que aumentam o risco de Alzheimer
Com idades entre 70 e 89 anos, os voluntários tinham pelo menos dois dos oito fatores de risco para demência: sono insatisfatório; depressão; isolamento social; tabagismo; medicamentos prescritos associados ao declínio cognitivo; hipertensão e problemas físicos e inatividade. Durante um período de dois anos, o grupo experimental prosseguiu com suas atividades personalizadas, sendo monitorado quanto ao progresso.
Maus hábitos e o Alzheimer
Após o período de observação, o grupo de intervenção apresentou melhorias significativas nos testes cognitivos e fisiológicos, registrando um aumento total de 74% em comparação aos participantes do grupo de controle. Além disso, é notável que a maioria dos participantes relatou estar bastante satisfeita com as intervenções realizadas.
No entanto, a equipe destaca desafios práticos na aplicação desses tratamentos em comunidades em geral. Apesar disso, os resultados são vistos com otimismo, pois os pesquisadores esperam que, no futuro, o manejo das demências siga um modelo semelhante ao das doenças cardiovasculares, combinando estratégias de redução de risco e medicamentos específicos.