O jornalista da TV Globo, José Roberto Burnier, de 63 anos, sofreu um infarto na última semana e passou por cirurgia para colocar um stent. Ele conta que não se deu conta que estava infartando e chegou a ir dirigindo para o hospital. Esse caso chamou a atenção para a necessidade de saber identificar os sintomas de um infarto.
Segundo o site do Ministério da Saúde, o Infarto Agudo do Miocárdio é a maior causa de mortes no país. Estima-se que, no Brasil, ocorram de 300 mil a 400 mil casos anuais de infarto e que a cada 5 a 7 casos, ocorra um óbito. Para diminuir o risco de morte, o atendimento de urgência e emergência, nos primeiros minutos, é fundamental para salvar uma vida.
Sintomas
O médico cardiologista Ricardo Contesini ressalta que vários sinais podem ajudar a identificar a ocorrência de um infarto, como a dor no lado esquerdo do peito, um dos sintomas mais característicos do problema; mas também tonturas, náuseas, palpitações, dores na região do estômago e falta de ar.
“A dor do infarto também pode ser diferente da dor no peito, podendo ocorrer na mandíbula, boca do estômago, costas e ambos os braços, mas sendo mais comum o acometimento do braço esquerdo. A dor no peito dura em média 15 minutos, passando esse tempo pode provavelmente ser um infarto”, diz o especialista.
O médico explica que homens e mulheres podem apresentar sintomas diferentes. No caso das mulheres é mais comum sentir dores nas costas e na região da “boca do estômago”, podendo vir em forma de pontadas. Já os homens é mais frequente a dor no peito, que irradia pela mandíbula. Outros sintomas como falta de ar e tontura podem aparecer tanto em ambos os gêneros.
Fatores de Risco
O infarto costuma ser mais frequente entre pessoas com idade acima dos 50 anos e tem como fatores de risco o tabagismo, histórico familiar e problemas como hipertensão, diabetes, colesterol desregulado, além do sedentarismo. A obesidade também está na lista, ela foi comprovada recentemente como fator de risco cardiovascular isolado.
“Além disso, o próprio envelhecimento das artérias pode deixá-las mais rígidas reduzindo a dilatação e consequentemente aumentando o risco de infarto. Por isso podemos afirmar que os infartos em pacientes mais jovens têm uma carga genética maior e normalmente são mais graves”, conta o médico.