
Um estudo de 2022, publicado na revista Liver Transplantation, revelou que a insuficiência hepática aguda induzida por medicamentos, combinada com o uso de suplementos fitoterápicos e dietéticos, aumentou oito vezes entre 1995 e 2020.
Isso não significa que você deva descartar imediatamente seu pó de proteína ou cápsulas de vitamina D. Na verdade, os suplementos alimentares podem ser úteis para atender às suas necessidades diárias de nutrientes essenciais e para melhorar ou manter sua saúde geral, mas alguns deles apresentam riscos.
Pesquisa
No ano passado, pesquisadores da Universidade de Michigan estimaram que 15,6 milhões de americanos consomem produtos que contêm pelo menos um dos seis ingredientes botânicos relacionados a danos no fígado: cúrcuma, chá verde, ashwagandha (ginseng indiano), garcinia cambogia, arroz vermelho fermentado e cimicifuga preta.
O estudo, publicado no JAMA Network Open, analisou dados de uma pesquisa para investigar o uso desses seis suplementos herbais populares. Em estudos anteriores, cientistas já haviam encontrado uma associação entre esses suplementos e lesões hepáticas.
Consumo de suplementos sem orientação profissional
A pesquisa revelou que a maioria das pessoas que utilizam esses suplementos o fazem sem a orientação de um profissional de saúde. Muitos dos consumidores afirmaram usar os produtos para melhorar ou manter a saúde, prevenir doenças ou fortalecer a imunidade.
Por exemplo, muitos usuários de cúrcuma a utilizam para tratar problemas nas articulações ou artrite, enquanto a garcinia cambogia é consumida principalmente para auxiliar na perda de peso.
Falta de regulamentação
No entanto, ao contrário dos medicamentos prescritos, os suplementos à base de ervas não são rigorosamente regulamentados por órgãos governamentais. Essa falta de controle, segundo o estudo, significa que os fabricantes não são obrigados a comprovar que seus produtos são seguros ou eficazes antes de serem lançados no mercado.
Além disso, a composição desses suplementos pode variar consideravelmente entre diferentes marcas e até mesmo entre lotes do mesmo produto.
Os pesquisadores destacam que suas conclusões não indicam que todos os consumidores desses suplementos terão problemas no fígado. Porém, eles esperam que o estudo ajude a aumentar a conscientização sobre os riscos potenciais e estimule mais investigações sobre a segurança desses produtos amplamente utilizados.
Com informações do catraca livre