Um estudo realizado por médicos e nutricionistas japoneses trouxe uma nova possibilidade à tona para quem luta contra a obesidade: uma planta originária da China. Conhecida como Mallotus furetianus, a planta é uma erva tropical habitualmente encontrada na ilha de Hainan, considera uma tradição na medicina tradicional chinesa, sendo empregada no tratamento de uma série de enfermidades.
A pesquisa ocorreu pela Universidade Metropolitana de Osaka, no Japão. O estudo analisou 36 camundongos, que foram divididos em dois grupos e alimentados de formas distintas durante um mês. Um desses grupos teve acesso a uma dieta saudável, enquanto o outro recebeu um regime mais rico em gorduras.
O estudo também incluiu uma variável a mais: alguns camundongos de cada grupo ingeriram um chá concentrado produzido a partir das folhas secas da planta. O resultado surpreendeu todos os envolvidos no projeto. Independentemente da dieta recebida, todos os roedores que consumiram o chá apresentaram um menor acúmulo de gordura no corpo.
No entanto, os ratos que acabaram alimentados com uma dieta mais calórica e ingeriram o chá, ganharam apenas 30 gramas em um mês, em comparação com os 34 gramas ganhos pelo grupo que não teve acesso ao suplemento. Isso representa uma diminuição de 12% no aumento de peso.
O grupo que seguiu uma dieta saudável e ingeriu o chá ganhou apenas 29 gramas. Além disso, o extrato da planta conseguiu evitar não apenas o ganho de gordura corporal, mas também a acumulação de tecido adiposo e gordura no fígado dos animais. Com isso, o estudo mostra o potencial da erva em uma possível luta contra a obesidade.
De acordo com os responsáveis pela pesquisa, a planta tem propriedades químicas que inibem a síntese de gordura no corpo. Ao invés de ser processada e armazenada, a gordura é eliminada do organismo. O professor de nutrição Akiko Kojima-Yuasa, líder do estudo, pontuou que a planta pode ser uma nova aliada no combate à obesidade.
“Esses resultados não apenas sugerem uma ligação entre o extrato de Mallotus furetianus e os efeitos antiobesidade, mas também indicam seu potencial como um novo ingrediente alimentar com propriedades que diminuem o ganho de peso”, explicou. O estudo está publicado na revista especializada Food Science & Nutrition, desde o dia 5 de julho.