Um estudo de cientistas da Macquarie University da Austrália, publicado na revista Nature Communication, relatou que mosquitos geneticamente modificados com esperma tóxico podem se tornar uma arma contra doenças tropicais em todo o mundo.
A ‘técnica chamada de macho tóxico’ pretende criar mosquitos cujo esperma contenha proteínas venenosas mortais para as fêmeas após a cópula. A iniciativa tem como alvo as fêmeas porque são elas que picam e sugam o sangue, espalhando assim doenças como a malária e a dengue.
PRIMEIROS TESTES
Segundo os pesquisadores, o método ‘poderia funcionar tão rapidamente quanto os pesticidas, sem prejudicar as espécies benéficas’. Os primeiros testes usaram moscas-das-frutas, uma espécie comumente utilizada em laboratórios devido à sua curta vida útil de duas semanas.
O estudo mostra que as moscas fêmeas cruzadas com machos ‘tóxicos’ tiveram uma vida útil significativamente reduzida e garantiu que vai testar a técnica em mosquitos com métodos rigorosos para ‘garantir que não haja risco para os seres humanos’.
A engenharia genética tem sido usada há anos para controlar as populações de mosquitos transmissores de doenças.