Um novo estudo publicado na quinta-feira (18) no periódico BMJ, mostrou que medicamentos à base de triptanos podem ser mais eficazes para tratar enxaquecas agudas do que medicamentos mais novos e caros.
Os triptanos são um grupo de medicamentos que atuam no tratamento de enxaqueca e cefaleia em salvas — um tipo de dor de cabeça intensa e unilateral. Eles atuam estreitando os vasos sanguíneos no cérebro e impedindo a liberação de substâncias químicas que causam dor e inflamação.
MEDICAMENTOS
Segundo o estudo, quatro tipos de triptanos — eletriptano, rizatriptano, sumatriptano e zolmitriptano — foram mais eficazes no alívio da dor da enxaqueca do que medicamentos mais caros e recentemente comercializados, como lasmiditano, rimegepante e ubrogepanto. Esses medicamentos mais novos eram comparáveis ao paracetamol e à maioria dos analgésicos anti-inflamatórios (AINEs).
O resultado da revisão sistemática desses estudos mostra que todos os medicamentos foram mais eficazes que o placebo no alívio da dor após duas horas do uso. A maioria deles foi eficaz no alívio sustentado do sintoma por até 24 horas, exceto paracetamol e naratriptano.
NÃO SÃO INDICADOS PARA DETERMINADOS GRUPOS
Os cientistas ressaltam que os medicamentos à base de triptanos devem ser evitados por pessoas com problemas cardíacos ou efeitos colaterais desagradáveis. Apesar disso, eles afirmam, em comunicado à imprensa, que os resultados “oferecem a melhor evidência disponível para orientar a escolha de intervenções medicamentosas orais agudas para episódios de enxaqueca”.
“Eles devem ser usados para orientar as escolhas de tratamento, promovendo a tomada de decisão compartilhada e informada entre pacientes e médicos”, afirmaram em comunicado.