Um estudo, publicado no The Journal of Nutrition, sugere que a maneira como acontece a metabolização dos alimentos no organismo pode ter impacto direto na saúde. E mostrou ainda que comer abacate pode ter resultados positivos na redução dos risco de diabetes do tipo 2. A pesquisa analisou dados de mais de 6 mil adultos.
Os adultos acompanhados pelos pesquisadores eram mais velhos, com idades entre 45 e 84 anos. Os estudiosos observaram quantos abacates uma pessoa consumia, bem como os níveis de açúcar no sangue e insulina em jejum. Os voluntários foram acompanhados por um período de 18 meses, com o acompanhamento mais recente realizado em 2018. Entre os que consumiram o abacate, foi observado metabólitos específicos da fruta no sangue.
Resultados
Os resultados da pesquisa sugerem que o consumo diário de abacate por um período de 12 semanas proporcionou efeitos benéficos sobre a glicemia dos voluntários. Pelas análises, houve ainda uma associação da ingestão de abacate a padrões alimentares mais saudáveis e um melhor controle da glicemia. O estudo faz ainda a associação do consumo de abacate a padrões alimentares mais saudáveis e melhor controle da glicemia.
Consumir alimentos que enfatizam ácidos graxos insaturados leva à melhora da sensibilidade à insulina e à regulação da glicose no sangue. O estudo mostrou que o abacate é fonte de ácidos graxos insaturados saudáveis, micronutrientes e fibras. E isso contribui para melhorar as concentrações de glicose e insulina no sangue pós-refeição.
Outras evidências
Estudos realizados anteriormente também revelaram que o abacate interfere de forma positiva no risco de diabetes tipo 2. Estudiosos do Baylor College of Medicine investigaram como o consumo dessa fruta afeta as chances de desenvolver a doença. A pesquisa foi publicada no Journal of Diabetes Mellitus.
Para a pesquisa, foram usados conjuntos de dados de população numerosa de adultos hispânicos nos Estados Unidos. Os estudiosos os classificaram como consumidores e não consumidores de abacate, tendo como base os relatos do que eles ingeriram em dois dias comuns. Era necessário que os voluntários relembrassem todos os alimentos e bebidas que consumiram em 24 horas, inclusive a forma como foram preparados.
Eles estimaram a associação do consumo de abacate com o fato de o participante desenvolver diabetes tipo 2 durante um período de acompanhamento de seis anos. Verificou-se que o consumo de abacate estava associado a uma redução de 20% no risco de desenvolver diabetes tipo 2 ao longo de seis anos.