Uma nova pesquisa realizada por especialista da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, publicada nesta última quarta-feira (20) na revista Diabetologia, da Associação Europeia para o Estudo da Diabetes, apontou que a prática regular de atividades físicas no período da manhã ou à tarde se torna mais efetiva para afastar o risco de desenvolver diabetes tipo 2.
Detalhes do estudo
O estudo analisou mais de 93 mil pessoas do Reino Unido sem histórico da doença. Os pesquisadores monitoram todos os exercícios físicos realizados em uma semana por meio de um relógio inteligente, e depois os participantes foram acompanhados por sete anos para verificar o desenvolvimento da diabetes.
Os especialistas responsáveis pelo o estudo dividiram os voluntários em três faixas de horário de exercícios: entre 6h e 12h (manhã); 12h e 18h (tarde); e de 18h à 0h (noite). Os madrugadores, entre 0h e 6h, não representaram uma quantidade suficiente de pessoas para que os índices fossem avaliados.
Como a pesquisa comparou os resultados?
Os voluntários que se exercitavam pela manhã tiveram em média 10% menos chance de desenvolver diabetes tipo 2 para cada múltiplo de equivalente metabólico (MET) acumulado, enquanto a atividade física vespertina diminuiu em 9% o risco de ter a doença.
Os METs são códigos de exercício físico usados por nutricionistas para avaliar o desempenho metabólico do corpo. Uma hora de aula de dança, por exemplo, leva a um acúmulo de cinco METs. Musculação em alta intensidade pelo mesmo período pode acumular aproximadamente seis pontos.
Diabetes no Brasil
De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, existem atualmente, no Brasil, mais de 13 milhões de pessoas vivendo com a doença, o que representa 6,9% da população nacional. A melhor forma de prevenir é praticando atividades físicas regularmente, mantendo uma alimentação saudável e evitando consumo de álcool, tabaco e outras drogas. Comportamentos saudáveis evitam não apenas o diabetes, mas outras doenças crônicas, como o câncer.