De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a gripe afeta de forma grave de 3 a 5 milhões de pessoas anualmente no mundo. Destes, são registrados de 250 mil a 500 mil mortes devido à infecção. A população mais suscetível é a idosa e os portadores de doenças crônicas.
A gripe é uma doença viral aguda que atinge o trato respiratório e pode ser causada pelo vírus da influenza (subtipos A H1N1, A H3N2 e os subtipos B).
Já a Covid-19 é causada pelo vírus o SARS-CoV-2, que foi identificado pela primeira vez em 2019, na China, e desde lá já infectou quase 140 milhões de pessoas no mundo, além de causar quase 3 milhões de mortes.
Formas de transmissão
Tanto a gripe quanto a Covid-19 possuem a mesma forma de transmissão. Ambas podem ser transmitidas por gotículas (partículas expelidas pela pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar) - daí a importância do uso da máscara cobrindo boca e nariz.
Sintomas
A gripe é caracterizada quando há presença de febre elevada (>38ºC), tosse, dor de garganta, dor de cabeça, calafrios e dores no corpo.
Os sintomas da Covid-19 envolvem febre, tosse, coriza, perda de olfato e/ou paladar, falta de ar, dor de cabeça e até problemas intestinais.
Ambos os vírus podem apresentar sintomas em comum, o que é chamado de síndrome gripal.
“É identificada a síndrome gripal quando o Indivíduo apresenta quadro respiratório agudo, caracterizado por pelo menos dois dos seguintes sinais e sintomas: febre (temperatura axilar maior ou igual a 37,8ºC), calafrios, dor de garganta, dor de cabeça, tosse, coriza, alterações do olfato ou do paladar”, explica Daniela Bergamasco, infectologista do HCor.
Agravamento
As complicações da gripe podem causar pneumonia (viral com ou sem infecção bacteriana secundária) e síndrome respiratória grave.
A Covid-19 pode causar pneumonia viral, síndrome respiratória grave, trombose, disfunções em outros órgãos como rins (quando a situação é crítica), entre outros. Mesmo após a recuperação, pacientes ainda relatam sintomas como cansaço, falta de ar, problemas cognitivos, dores no corpo, queda de cabelo, etc.
Grupos de risco
São considerados grupos de risco para a gripe crianças menores de 2 anos e idosos com idade superior ou igual a 60 anos, além de pessoas com doenças crônicas, como obesidade e diabetes.
No caso da Covid-19, os grupos mais vulneráveis são pessoas com idade superior a 60 anos e pessoas com doenças crônicas, como hipertensão, diabetes, obesidade, etc.
Diagnóstico
Ambas as doenças podem ser identificadas com o exame PCR ou teste rápido específico em amostra de secreção respiratória.
“Existem painéis virais moleculares em amostra respiratória que podem detectar ao mesmo tempo SARS-CoV-2, vírus Influenza da gripe e muitos dos vírus causadores de resfriados”, ressalta a infectologista.
Formas de prevenção
Ambas as doenças podem ser prevenidas pelo uso de máscara (cobrindo boca e nariz), higiene frequente das mãos com água e sabão ou álcool em gel, distanciamento social, manter ambientes bem ventilados e não tocar olhos, boca e nariz sem higienizar as mãos previamente.
Vacinação
A gripe não possui cura, mas pode ser prevenida ou, pelo menos, ter seus sintomas amenizados pela vacinação, que ocorre anualmente.
A Covid-19 também deve seguir o mesmo caminho, uma vez que a população for vacinada em massa. Por isso, não deixe de receber a sua dose assim que chegar a sua vez.
O Brasil oferece atualmente, em ritmo lento, as vacinas Coronavac, do Instituto Butantan, e a vacina de Oxford, da Indústria farmacêutica AstraZeneca.