O humorista Whindersson Nunes, 26, por uma nova cirurgia de remoção de hemorroidas na última quarta-feira (7) - a primeira foi em 2019 -, logo após enfrentar uma grande dificuldade pessoal: a morte do filho após dois dias do nascimento. Fatores emocionais podem interferir no agravamento do problema, mas de forma indireta, segundo o cirurgição do aparelho digestivo, Amir Charrouf.
“Problemas emocionais agravam muito pouco, na verdade interferem na dieta e na ingestão de água, o que acaba refletindo no agravamento da doença hemorroidária”, afirma Charrouf.
Ele explica que o tratamento da doença pode, na maior parte dos casos, ser feito com a mudança de hábitos de alimentação e redução do tempo no sentado no vaso sanitário, mexendo no celular, por exemplo. "Essas medidas são suficientes para acabar com a grande maioria dos sintomas''.
O cirurgião aponta que, em casos mais graves, pode ser necessária intervenção cirúrgica, como no caso de Whindersson. “Uma pequena parte dos casos, quando a doença já está instalada de forma irreversível, é necessário uma intervenção cirúrgica para remover os mamilos hemorroidários dilatados", explica.
Segundo Charrouf, a hemorroidária acontece por conta do uso excessivo de força na região pélvica para evacuar, causando a dilatação dos vasos sanguíneos.
“A doença hemorroidária, conhecida popularmente como hemorroida, acontece quando os vasos do plexo hemorroidário ficam dilatados excessivamente. Isso acontece quando existe uma força na região pélvica muito intensa e de forma crônica, como por exemplo em quem tem prisão de ventre, que necessita de muita força para evacuar”, explica.
O tratamento para hemorroida é feito à base de analgésicos e anti-inflamatórios que devem ser prescritos por um proctologista.
“Quando a doença hemorroidária não recebe nenhum tratamento pode apresentar progressão, resultando em sangramentos durante as evacuações; prolapsos após realizar a evacuação, sendo necessárias manobras manuais para colocar novamente em seu lugar”, acrescenta.