Bem-estar, um substantivo masculino que denota um estado de conforto, tranquilidade e completa satisfação. Existem diversas maneiras de manter esse estado ao longo do dia e, especialmente, durante o fim de semana. Com isso em mente, Mayara Stankevicius, nutricionista da Vitamine-se, em entrevista ao Sport Life, explica sobre os hormônios responsáveis pelo bem-estar.
Primeiramente, ela discorre sobre o impacto desse conjunto de hormônios para o bem-estar. “Quando estão em níveis adequados, nos sentimos com mais energia, motivados e capazes de lidar com os desafios do dia a dia”, afirma. Ela afirma ainda que eles regulam o sono, melhoram a memória e aumentam a resistência.
Qual a função de cada hormônio? A serotonina desempenha um papel crucial na regulação do sono e na promoção da sensação de prazer. Por outro lado, as endorfinas são responsáveis por induzir uma sensação de euforia e alívio da dor, sendo conhecidas como os "analgésicos naturais" do corpo.
Quanto à dopamina, trata-se do hormônio associado à recompensa, liberado pelo cérebro quando aguarda uma gratificação. Enquanto isso, a ocitocina é comumente referida como o "hormônio do amor", sendo liberada durante momentos de contato físico e afeto, como abraços ou beijos. Além disso, sua produção é essencial durante o trabalho de parto para fortalecer o vínculo entre mãe e bebê, e desempenha um papel crucial na amamentação.
Quais são os impactos do desequilíbrio hormonal?
Mayara afirma que esse desequilíbrio amplifica os níveis dos hormônios do bem-estar e está associado a várias doenças. Por exemplo, a deficiência de serotonina está relacionada à depressão, ansiedade, distúrbios do sono e transtornos alimentares, como a compulsão alimentar. Da mesma forma, a escassez de endorfina leva a uma menor tolerância à dor, sentimentos de tristeza e falta de motivação.
“A falta de ocitocina ainda é associada com a depressão pós-parto. Isso porque, durante o nascimento do bebê, ela desempenha um papel importante no vínculo mãe-criança e na regulação do humor”, declara Stankevicius. É importante ressaltar que a dopamina está intrinsecamente ligada ao sistema de recompensa do cérebro e à sensação de prazer e gratificação. Portanto, a diminuição dos níveis desse hormônio está correlacionada com a depressão.
O papel da alimentação. “A alimentação saudável desempenha um papel importante na produção desses hormônios, já que alimentos ricos em triptofano, como peixes, ovos, nozes e sementes, e podem ajudar a aumentar os níveis de serotonina”, encerra Mayara Stankevicius.