Com a chegada das festividades de fim de ano, é muito comum aproveitar as confraternizações para beber todas. Entretanto, um dos resultados dessa festança é a famosa ressaca, o que uma jovem neozelandesa não esperava é que isso era, na verdade, um sinal de alarme para um grave câncer.
Poppy Beguely de 20 anos, é natural de Auckland, na Nova Zelândia, e notou algo diferente após sentir ressacas fora do comum. Diferente de sintomas como dor de cabeça, desidratação e sensibilidade à luz, a jovem vomitava sangue, desenvolvia feridas dentro do nariz, erupção fácil e até tossir sangue.
Os sintomas começaram em 2021, a jovem, entretanto, não deu bola e assimilou tudo a sua vida noturna agitada, onde consumia muito álcool com os amigos. Segundo ela, era muito comum no outro dia tudo voltar ao normal, entretanto com o passar do tempo, mesmo bebendo pouco, a noite terminaria com vômitos.
“Às vezes, tinha um pouco de dor de cabeça, mas nada sério. De repente, percebi que minha tolerância era muito menor e minha noite terminaria com vômitos toda vez, mesmo depois de apenas três bebidas. O dia seguinte seria ainda pior. Eu me sentia extremamente mal. Pensei que poderia ser alérgica ao álcool”, disse.
Poppy desenvolveu uma erupção no rosto e no peito, além de vomitar sangue e ter sangramentos nasais. “Eu estava ciente de que algo estava errado comigo por um longo tempo antes do diagnóstico: tinha uma tosse persistente que não ia embora, estava muito cansada e tinha uma área extremamente dolorida na minha barriga”, destaca.
Entre junho e outubro de 2022, a jovem chegou a ficar internada três vezes, na quarta o médico disse que ela tinha todos os sintomas de câncer. Após biópsia em um caroço que Poppy tinha no pescoço, foi revelado um linfoma de Hodgkin em estágio três, com tumores no peito, pescoço e braço.
“Eu estava arrasada antes de começar a terapia. Acho que estive em modo de sobrevivência o tempo todo. Eu não tinha muita capacidade emocional para lidar com a notícia. Minha cabeça estava focada em superar isso. Minha família me apoiou enormemente; eu não teria conseguido passar por isso sem eles”, pontua.
A jovem começou com a quimioterapia em fevereiro de 2023, ela havia completado 20 anos recentemente. O tratamento durou quatro meses e agora está na fase de remissão. Poppy pontuou que segundo os médicos, o câncer não seria fatal, desde que ela não contraísse infecções graves durante a quimio.
“Quando finalmente pude sair e o sol estava no meu rosto, comecei a chorar e não conseguia parar. Sou grata por ter recuperado minha vida, especialmente depois de um ano sem saber o que estava errado”, finalizou.