Mpox ou varíola dos macacos: tudo o que você precisa saber sobre a doença

A OMS declarou, nesta semana, a doença como uma emergência de saúde pública de preocupação internacional

Pessoa com Mpox | Reprodução/Internet
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A varíola M, conhecida como mpox e anteriormente chamada de "varíola dos macacos", foi declarada uma emergência de saúde pública de preocupação internacional. A decisão foi anunciada na quarta-feira (14) pelo diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), após uma reunião do Comitê de Emergência do Regulamento Sanitário Internacional em Genebra.

A convocação do encontro se deu em resposta ao aumento de uma nova cepa na África, que se espalhou pela República Democrática do Congo. Foi nessa região que o vírus, então denominado "varíola dos macacos", foi identificado pela primeira vez em humanos em 1970, antes de se disseminar para outros países.

A agência confirma que mais de 14 mil casos e 524 mortes foram registrados até agora na República Democrática do Congo, superando os números do ano passado. A OMS também destaca o surgimento e a rápida disseminação, em 2024, da variante do vírus conhecida como clado 1b na República Democrática do Congo, que "pode ter se espalhado principalmente através de redes sexuais".

No Brasil, o Ministério da Saúde relatou 709 casos este ano, com 16 mortes associadas. As mortes ocorreram em diferentes estados: 5 no Rio de Janeiro, 4 em Minas Gerais, 3 em São Paulo, e 1 em Mato Grosso, Maranhão, Santa Catarina e Pará, respectivamente.

O que é a varíola dos macacos?

A mpox é uma infecção viral que compartilha algumas semelhanças com a varíola humana. A doença é transmitida principalmente pelo contato próximo com pessoas ou animais infectados, seja de forma direta (através de fluidos corporais) ou indireta (por meio de objetos doentes).

O sintoma mais característico da mpox são lesões na pele. Inicialmente, aparecem pequenas bolhas que rapidamente se transformam em bolhas cheias de pus. Quando essas bolhas rompem, formam crostas e pequenas feridas. Outros sintomas que podem ocorrer incluem mal-estar, ínguas (gânglios inchados), dor no corpo, febre e dor de cabeça.

Os especialistas indicam que os sintomas podem levar de seis a 21 dias para aparecer após o contato com o vírus e que complicações são raras. No entanto, é importante monitorar possíveis infecções bacterianas secundárias e o desenvolvimento de encefalite (inflamação cerebral).

Diagnóstico da doença

Um profissional pode suspeitar da mpox e fazer o diagnóstico com base no histórico de viagens a áreas onde a doença é mais comum ou pelo contato com animais e pessoas infectadas. O diagnóstico é confirmado por meio de testes laboratoriais, como o teste molecular ou o sequenciamento genético.

Se você apresentar sintomas compatíveis com a mpox, procure uma unidade de saúde para avaliação e informe se teve contato próximo com alguém com suspeita ou confirmação da doença. Se possível, isole-se e evite o contato próximo com outras pessoas. Lave as mãos regularmente e siga as orientações para prevenir a disseminação da infecção.

Atualmente, o tratamento da mpox é feito com medidas de suporte clínico, com o objetivo de aliviar sintomas, prevenir e tratar complicações, e evitar sequelas. De acordo com a OMS, há meio milhão de doses da vacina contra a doença em estoque, e outras 2,4 milhões podem ser produzidas até o final do ano.

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