Nesta última quinta-feira (17), o Brasil registrou o primeiro caso da subvariante EG.5 do coronavírus, conhecida como Eris, em São Paulo. A subvariante em surto na Europa foi identificada pela primeira vez em fevereiro deste ano pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
O primeiro caso foi registrado no Brasil ocorreu na capital paulista e os sintomas iniciais começaram no final de julho, de acordo com o jornal O Globo. A paciente seria uma mulher de 71 anos que não viajou nas últimas semanas. A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) emitiu uma nota com medidas que devem ser seguidas para evitar novas infecções pela subvariante EG.5. Entre elas, está o uso de máscaras por pessoas com comorbidades e mais vulneráveis ao coronavírus.
De acordo com o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), a paciente já está curada, tendo apresentado os primeiros sintomas de febre, tosse, fadiga e dor de cabeça em 30 de julho, sendo que fez a coleta para exame laboratorial em 8 de agosto. "A informação é de que a senhora está com o esquema vacinal completo", afirma o ministério.
Nos Estados Unidos, a Eris se tornou a principal variante em circulação. A OMS classificou a presença dela como “de interesse”. De acordo com especialistas, o surgimento de mutações pode gerar uma onda de novos casos de Covid. Desde a última sexta-feira (11), dados da OMS, mostram que 1,5 milhão de pessoas foram infectadas pela Covid-19 no mundo entre 10 de julho e 6 de agosto.
O que se sabe da sub variante BA.6 da covid? Outra ameaça?
A subvariante do coronavírus BA.6 foi identificada apenas em Israel e na Dinamarca, mas tem chamado a atenção dos cientistas por sofrer 30 mutações na proteína Spike, o que pode causar escape imunológico. Segundo a Fiocruz, a proteína Spike é associada à capacidade de entrada do patógeno nas células humanas e é um dos principais alvos dos anticorpos neutralizantes produzidos pelo organismo para bloquear o vírus.
Trisha Greenhalgh, especialista em saúde primária da Universidade de Oxford, afirmou, em publicação no Twitter, que os cientistas estão impressionados com as linhagens genéticas das novas mutações e recomendou a volta do uso de máscara. "Meus vários grupos de WhatsApp de ciência estão fervilhando. Clipes e diagramas de linhagem genética voando para frente e para trás. Eu entendo pouco do detalhe, mas parece que é mais uma vez hora de usar máscaras".
Quais são os sintomas da variante EG.5, a Eris?
Os sintomas causados pela variante Eris não é diferente de outras variantes da covid-19:
- Febre
- Dor de cabeça
- Dor de garganta
- Cansaço
- Perda de olfato e paladar
A SBI recomendou às autoridades de saúde nos âmbitos federal, estadual e municipal adoção de medidas para aumentar a coleta de testes diagnósticos e a vigilância genômica dos casos sintomáticos de covid-19 para detecção precoce de mudança no cenário epidemiológico. Também recomendou “fortemente” que algumas medidas sejam seguidas pela população brasileira para reduzir o risco de impactos pela provável circulação da EG.5 e demais sub linhagens no território nacional.