O sal pode aumentar os riscos de câncer de estômago? Estudo explica

Descubra se o sal aumenta os riscos de câncer de estômago e entenda as razões por trás dessa possível ligação

Imagem ilustrativa de sal | Reprodução/Internet
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O sal é um ingrediente que está sempre presente no prato dos brasileiros, temperando e agradando diferentes paladares. De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o país consome, em média, 9,3 gramas de sal por dia. Esse número representa quase o dobro do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 5 gramas.

Devido a esse alto consumo, vários questionamentos são levantados, entre eles: usar sal aumenta o risco de câncer de estômago? Um estudo publicado no periódico Gastric Cancer, revelou que pessoas que adicionam sal à sua comida tê 40% mais chances de desenvolverem câncer no órgão do que aquelas que não usam o ingrediente em suas refeições.  

“O sal agride a mucosa do estômago, provocando uma resposta inflamatória exacerbada que pode transformar células saudáveis em células precursoras de câncer, desencadeando uma multiplicação desordenada”, explica o nutricionista Fabio Gomes.

ÍNDICES NO BRASIL

Segundo o Ministério da Saúde, o câncer de estômago é os 6° mais comum na população brasileira. Entre a estimativa para o triênio 2023-2025, o índice de 3,1% da doença perde apenas para os tumores de pele não melanoma, mama feminina, próstata, cólon/reto e pulmão. 

Para tentar reduzir a ingestão de sódio pelos brasileiros e minimizar os índices de incidência e mortalidade dessas doenças, o Ministério da Saúde já vem investindo em medidas para regulação do uso do ingrediente no país.

CÂNCER DE ESTÔMAGO

O câncer de estômago se desenvolve lentamente durante muitos anos e, antes de aparecer, ocorrem alterações pré-cancerosas no revestimento interno do órgão. Por isso, é importante saber quais são os fatores de risco do câncer de estômago para evitá-los e diminuir as chances de desenvolver a doença. Na fase inicial, o câncer de estômago não costuma apresentar sinais e sintomas. Quando ocorrem, os mais comuns são:

- Repetidos episódios de indigestão;

- Perda de apetite;

- Dificuldades para engolir;

- Perda de peso;

- Inchaço abdominal após as refeições;

- Náuseas constantes;

- Azia persistente;

- Sangue nas fezes ou fezes escuras demais.

PREVENÇÃO E TRATAMENTO

Cirurgia - É o método de tratamento mais importante. A extensão da operação vai depender de quanto e para onde o tumor se espalhou. Quando o tumor está restrito ao estômago, pode ser completamente removido cirurgicamente, com uma gastrectomia total ou parcial (retirada total ou parcial do estômago). Quando o tumor já atingiu outras estruturas, a cirurgia pode incluir a remoção de partes do pâncreas, baço ou fígado.

Radioterapia - Costuma ser a opção de tratamento após a cirurgia, quando o tumor não pôde ser completamente extraído. É possível também ser empregado para diminuir tumores que estão atrapalhando a digestão, aliviar dores e sangramentos. 

Quimioterapia - Em pessoas com metástase, ela pode aumentar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida. Algumas drogas novas estão em fase de testes, assim como o uso combinado de algumas já conhecidas.

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