OMS lista 7 sintomas de hepatite que podem levar a óbito

1,4 milhões de mortes são causadas por hepatites virais anualmente, veja como se cuidar

Imagem ilustrativa de pessoa com hepatite | Reprodução/Internet
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Você sabia que o Julho Amarelo é uma campanha que visa aumentar a conscientização sobre as hepatites virais, doenças comuns no mundo todo. A cor amarela, símbolo da campanha, representa a icterícia, um dos sintomas mais visíveis da doença. Segundo dados da OMS, cerca de 50 milhões de pessoas no globo sofrem de infecção crônica pelo vírus da hepatite C e 325 milhões pelo vírus da hepatite B (HBV), sendo ela responsável por 47% das mortes relacionadas às doenças.

Ainda de acordo com o órgão, as hepatites virais causam aproximadamente 1,4 milhões de mortes, anualmente, em decorrência de quadros de infecções graves, como câncer hepático e cirrose. O tipo B é responsável por 47% do total de mortes.

SINTOMAS DE HEPATITES VIRAIS

Além da falta de sintomas específicos nas fases iniciais da doença, pontos como o desconhecimento da população sobre a importância da realização de exames específicos para hepatites, e do bloqueio cultural que impede as pessoas de procurarem assistência médica são os principais fatores que prejudicam o tratamento da doença em sua fase inicial.

Apesar disso, os sintomas podem causar certas manifestações no corpo do paciente. Segundo o médico clínico geral João Pimentel, em entrevista ao Terra, os principais sinais incluem:

- Fadiga;

- Febre leve;

- Dores nas articulações;

- Náuseas e vômitos;

- Icterícia (amarelamento da pele e dos olhos);

- Urina escura;

- Fezes claras;

TRANSMISSÃO

Pode variar entre os tipos de doença. As hepatites A e E, por exemplo, geralmente são transmitidas por água ou alimentos contaminados, enquanto os tipos B, C e D são disseminadas por meio do contato com sangue infectado, transmissão perinatal ou sexual.

Por isso, profissionais da saúde, usuários de drogas injetáveis, pessoas com múltiplos parceiros sexuais e indivíduos em áreas com saneamento precário são os grupos de maior risco.

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

"Muitos casos são inicialmente assintomáticos, tornando os exames regulares essenciais," destaca o clínico geral. Segundo ele, testes específicos podem identificar os marcadores virais em exames de sangue, viabilizando o diagnóstico das hepatites.

Segundo a médica infectologista Ana Toporovschi, os tratamentos mais eficazes disponíveis para as hepatites virais variam de acordo com o tipo de vírus.

"Para a hepatite B, pode incluir antivirais que ajudam a controlar a replicação do vírus e a prevenir complicações. Já para a hepatite C, o tratamento consiste em antivirais de ação direta, que podem curar a infecção na maioria dos casos", detalha a infectologista.

A profissional também ressalta que os tratamentos colaboram na melhoria da qualidade de vida dos pacientes, além de reduzirem as complicações e taxa de morbimortalidade. 

"As complicações a longo prazo associadas às hepatites virais crônicas incluem cirrose, insuficiência hepática e câncer de fígado. No entanto, sua prevenção pode ser alcançada através do tratamento adequado e monitoramento contínuo dos pacientes", afirma a infectologista.

PREVENÇÃO DE HEPATITES

A vacinação é uma ferramenta crucial na prevenção das hepatites A e B, sendo a forma mais eficaz de proteção. E, apesar de não haver vacina para a hepatite C, os avanços na medicina têm proporcionado tratamentos antivirais cada vez mais eficazes.

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