A vesícula tem uma função essencial no nosso organismo, ela é responsável por armazenar a bile, líquido produzido pelo fígado que contribui com a digestão das gorduras. A bile é composta por muitas substâncias, inclusive o colesterol. Ele é um dos maiores culpados pela formação de cálculos biliares, que são as pedras na vesícula.
A pedra na vesícula pode ser percebida de formas diferentes, nos pacientes afetados. Em casos, não ha qualquer sintoma e o problema é detectado através de exames de rotina. Já algumas pessoas podem sentir dores intensas do lado direito do abdômen. Muitas vezes, o desconforto se irradia para a parte de cima do tórax e fica mais forte cerca de meia hora após a refeição.
Esse problema pode causar ainda febre, vômitos e náuseas em algumas pessoas, mostrando que há alguma complicação. Um exemplo disso seria a colecistite aguda, que ocorre quando a pedra obstrui o ducto por onde sai a bile. Isso leva a inflamações na região e no peritônio, isto é, o tecido que reveste a parede interna do abdômen.
Outra complicação seria a ocorrência de perfurações no intestino delgado ou no cólon. Segundo matéria publicada no site Saúde em Dia, elas provocam sangramentos e infecções, coledocolitíase, no caso dos cálculos ficarem no duto que transporta a bile, e colangite e papilites que são inflamações nas vias biliares. O quadro mais grave deles é a pancreatite, uma inflamação no pâncreas, que pode levar à morte.
Tratamento
O cirurgião do aparelho digestivo, Gustavo Patury Accioly, explica como esse problema pode ser tratado ou prevenido. “Por apresentar esses riscos, diante da presença dos cálculos biliares, que são mais comuns nas mulheres, em quem tem mais de 40 anos, está acima do peso ou tem histórico familiar do caso, retiramos a vesícula toda cirurgicamente, mesmo quando não há sintomas”, explica.
Segundo o médico, esse procedimento é um grande acerto no tratamento deste problema, já que quem têm as pedras na vesícula e não passam por operação têm um percentual de risco de 30 a 50% de apresentarem uma complicação. Nestes casos, estes pacientes são obrigados a fazer uma operação de emergência. O procedimento pode ser feito por laparoscopia ou robótica.