Uma pesquisa publicada no British Medical Journal (BMJ), revelou a possibilidade de que a suplementação de uma determinada vitamina pode ter um efeito protetor contra um possível ataque cardíaco. O estudo buscou investigar se a suplementação de vitamina D em adultos mais velhos poderia alterar a incidência de eventos cardiovasculares.
Ao longo de cinco anos, os pesquisadores envolveram um grupo de 21.315 australianos com idades entre 60 e 84 anos. Até então, é considerado o maior estudo do segmento. Durante o período do estudo, os participantes receberam mensalmente uma cápsula contendo 60.000 UI de vitamina D ou um placebo.
É necessário salientar aqueles com histórico de altos níveis de cálcio, tireóide hiperativa, pedras nos rins, ossos frágeis ou doenças inflamatórias foram excluídos dos resultados da pesquisa. Além disso, indivíduos que já consumiam mais de 500 UI/dia de vitamina D também ficaram de fora do estudo.
Para chegar aos resultados, os responsáveis pela pesquisa utilizaram dados relacionados a internações e óbitos, a fim de identificar eventos cardiovasculares significativos, como ataques cardíacos, acidentes vasculares cerebrais (AVCs) e revascularizações coronárias. Ao final do estudo, a equipe constatou que 1.336 participantes experimentaram um grande evento cardiovascular, sendo 6,6% no grupo que recebeu o placebo e 6% no grupo que recebeu a vitamina D.
Na linguagem popular, entre 1.000 participantes, houve quase seis eventos cardiovasculares graves a menos no grupo que recebeu a suplementação de vitamina D em comparação com o grupo do placebo. A análise dos dados revelou uma redução de 19% na taxa de ataques cardíacos no grupo que recebeu a vitamina D, bem como uma diminuição de 11% na taxa de revascularização coronária nesse mesmo grupo.
Descobertas como essas fornecem indícios promissores de que a suplementação de vitamina D pode ter um impacto positivo na redução do risco de eventos cardiovasculares, especialmente em adultos mais velhos. No entanto, é importante ressaltar que mais pesquisas são necessárias para corroborar esses resultados e compreender melhor a relação causal entre a vitamina D e a saúde cardiovascular.