Um estudo conduzido por especialistas do Centro Fuse para Pesquisa Translacional em Saúde Pública da Universidade de Teesside em conjunto com a Universidade de Newcastle, descobriram que o consumo de energéticos está associado a um risco aumentado de problemas de saúde mental entre crianças e jovens.
Esses problemas incluem ansiedade, estresse, depressão e outros. A pesquisa publicada na última segunda-feira (15), na revista Public Health, examinou dados de 57 estudos envolvendo mais 1,2 milhões de crianças e jovens de mais de 21 países.
Os cientistas responsáveis pela análise descobriram que o consumo de bebidas energéticas era mais comum entre meninos do que entre meninas, e também estava associado ao aumento de comportamentos de risco, como uso de substâncias, violência e sexo inseguro.
Além disso, o estudo também associa o consumo das bebidas a um risco aumentado de mau desempenho acadêmico, problemas de sono e hábitos alimentares pouco saudáveis. A análise ainda revela uma série de preocupações com a saúde física, incluindo doenças alérgicas, resistência à insulina, cárie dentária e desgaste erosivo dos dentes.
Esse novo estudo se junta ao crescente conjunto de evidências de que as bebidas energéticas são prejudiciais à saúde das crianças e dos jovens. Os investigadores afirmam que os resultados destacam a necessidade de medidas regulamentares para restringir a venda e comercialização de bebidas energéticas a crianças e jovens.
“A evidência é clara de que as bebidas energéticas são prejudiciais à saúde mental e física das crianças e jovens, bem como ao seu comportamento e educação. Precisamos tomar medidas agora para protegê-los desses riscos”, escreveram os pesquisadores.
Dada as novas descobertas alarmantes, organizações de saúde e especialistas do Reino Unido estão apelando ao governo para que reveja os planos para proibir a venda de bebidas energéticas a consumidores com menos de 16 anos no país.