Desastres naturais como enchentes causam não apenas danos materiais, mas também impactos significativos na saúde pública. Durante e após esses eventos, com os que estão afetando o estado do Rio Grande do Sul, as condições de saneamento muitas vezes se deterioram, aumentando o risco de surtos de doenças infecciosas.
Nessas circunstâncias, a vacinação se torna uma medida preventiva crucial para proteger a população afetada. Em entrevista ao Terra, o infectologista Alberto Chebabo explicou quais vacinas são recomendadas para pessoas afetadas pelas enchentes.as condições de saneamento muitas vezes se deterioram, aumentando o risco de surtos de doenças infecciosas.
As principais vacinas indicadas
Influenza - que combate o vírus da gripe;
Covid- cuja nova dose está chegando agora e deve ser indicada para a população prioritária quando estiver disponível;
Hepatite A- para algumas pessoas de grupo de risco.
Em casos de cortes ou lesões na pele, o médico salienta a importância também da vacina de tétano para quem tem mais de cinco anos da última dose ou não sabe informar quando foi imunizado pela última vez. Além disso, para aquelas pessoas que tiveram acidentes com mordedura de animais, também é recomendada a profilaxia com a vacina de raiva e, o soro antirrábico de acordo com a avaliação médica do risco.
Quem está com o quadro vacinal completo precisa repetir a vacina?
O infectologista explica que se a pessoa tem a informação de que recebeu a vacina recentemente, ela não precisa se revacinar. Por exemplo, se ela já tomou a dose deste ano da campanha de Influenza e tem como comprovar isso, ela não precisa se vacinar novamente. Porém, nos casos em que a pessoa não tem certeza ou não tem comprovação, é preciso vacinar.
EXISTEM CONTRA INDICAÇÕES?
O especialista conta que a única vacina contraindicada neste cenário é a de dengue, pois é uma imunização de vírus vivo atenuado e por isso, não pode ser aplicada em pacientes com algum grau de imunossupressão, pessoas acima de 60 anos e mulheres gestantes e lactantes.
“Para esse público específico não há a recomendação dessa vacina, mas é pouco provável que isso aconteça porque, por enquanto, a vacina da dengue só está disponível para uma faixa etária restrita de crianças e adolescentes”, conclui o especialista.