A demência é uma condição marcada pelo declínio progressivo das funções cerebrais e pode se manifestar inicialmente por sintomas como dificuldade em acompanhar conversas, problemas de concentração e perda de memória. No entanto, esses sinais muitas vezes são confundidos com as mudanças naturais do envelhecimento.
Uma pesquisa recente da Alzheimer’s Society, uma organização britânica, destaca um desafio importante no diagnóstico precoce da demência. O estudo revelou que apenas uma em cada três pessoas relata ao médico os sintomas de demência, seja para si mesmas ou para um familiar, no primeiro mês após o surgimento dos sinais. Muitos hesitam em buscar ajuda por não conseguirem diferenciar entre os sinais de demência e o envelhecimento normal.
Os dados mostram que apenas 15% das pessoas abordaram o problema imediatamente, enquanto 11% ainda não compartilharam suas preocupações e 23% esperaram mais de seis meses para consultar um médico. Além disso, 16% dos participantes admitiram estar evitando um diagnóstico devido ao medo das mudanças em seus relacionamentos pessoais.
Sinais comuns de demência
Reconhecer os sinais iniciais de demência pode ser crucial para um diagnóstico precoce. Entre os sintomas comuns estão: perda de memória; confusão sobre tempo e lugar; dificuldade de concentração; mudanças de humor; problemas em realizar tarefas diárias, como confusão com o troco ao fazer compras, e dificuldade em seguir uma conversa ou encontrar a palavra certa.
Desafios no Tratamento
Atualmente, o tratamento da demência é limitado e muitas vezes ineficaz, em grande parte porque a condição costuma ser diagnosticada apenas quando os sintomas já são evidentes, o que pode ocorrer anos após seu início.
A detecção precoce é fundamental, pois possibilita o acesso a melhores opções de suporte e tratamento. Pesquisas ainda estão em andamento para investigar a possibilidade de identificar alterações na função cerebral antes que os sintomas visíveis se manifestem.