Nesta quarta-feira (17) é celebrado o Dia Mundial da Hipertensão Arterial, uma data criada para a conscientização sobre a doença, suas causas, consequências e formas de se manter uma vida saudável. Apenas no Brasil, de acordo com relatórios do Ministério da Saúde, 26,3% da população adulta possui algum diagnóstico de “pressão alta”, um aumento de 3,7% nos últimos 15 anos.
A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma doença crônica caracterizada por elevação persistente da pressão realizada pelo sistema cardíaco a índices iguais ou maiores que 140 mmHg na pressão sistólica e igual ou maior que 90 mmHg na pressão diastólica (índice 14/09), em pelo menos duas ocasiões diferentes.
De acordo com o médico cardiologista Ítalo Holanda do Vale, é comum que a doença não apresente sintomas aparentes, prejudicando determinados órgãos com o passar do tempo. “Por se tratar de condição frequentemente assintomática, costuma evoluir com alterações em órgãos-alvo, como coração, cérebro, rins e vasos. Ela é o principal fator de risco modificável para doenças cardiovasculares, doença renal crônica e morte prematura”, alertou o médico.
Comumente associada ao avanço da idade, o desenvolvimento da hipertensão arterial também ocorre em crianças e jovens com alguns fatores de risco, aponta o cardiologista. “Com o envelhecimento, o aumento na Pressão Arterial Sistólica (PAS) torna-se um problema mais significativo, resultante do endurecimento progressivo e da perda de complacência das grandes artérias. Já entre os jovens e adolescentes, a hipertensão arterial primária parece ser a forma mais comum, geralmente associada ao sobrepeso, à obesidade ou à história familiar de hipertensão”, destacou o médico.
Dicas para prevenir/reduzir os efeitos da doença
Por ser uma doença crônica, a hipertensão arterial pode ser controlada através de um bom acompanhamento médico e de algumas orientações, que servem muito bem também para quem quer evitar a doença, tais como: manter peso corporal adequado; consumir até 5 gramas de sal de cozinha por dia; praticar atividade física regularmente (150 min. por semana ou mais); reduzir o consumo de álcool e evitar drogas ilícitas; evitar algumas medicações com potencial para aumentar a pressão arterial.
Caso possua o diagnóstico de hipertensão ou possua histórico familiar da doença, atitudes como consultas periódicas ao cardiologista, aderência ao tratamento medicamentoso e não medicamentoso devem ser seguidas para ajudar a reduzir ou mesmo evitar complicações futuras que essa doença pode trazer.