Embora tenha nascido com duas aberturas na vagina, a australiana Tee Bartlett só descobriu a condição chamada de septo vaginal aos 16 anos de idade. Foi quando perguntou à mãe em qual dos orifícios deveria usar tampão durante o período menstrual.
“No início, ela disse que não havia dois buracos e discutimos um pouco, e eu estava sendo muito relutante. Ela então sugeriu que fôssemos ao médico. Foi quando percebi que ela estava falando sério e que realmente não deveria haver duas aberturas ali”, contou Tee ao jornal The Sun.
A resposta para o problema, no entanto, não foi tão simples. Só veio depois da terceira consulta médica e um encaminhamento para um ginecologista, que confirmou que ela tinha duas aberturas vaginais.
O médico alertou que a condição provavelmente tornaria a relação sexual e o parto difícil e perigoso, o que fez Tee foi decidir pela cirurgia de remoção de septo aos 17 anos.
Tee conta que, desde que falou abertamente sobre sua condição nas redes sociais, tem recebido muitos relatos de mulheres com situações parecidas à sua. “Há tantas garotas comentando que têm uma coisa semelhante e não perceberam que não era normal”, disse.
Septo vaginal
O septo vaginal é uma condição congênita, o que significa que existe no nascimento. Ocorre quando o sistema reprodutivo feminino não se desenvolve totalmente, deixando uma parede divisória de tecido na vagina, que não é visível externamente. Essa partição, que pode vertical ou horizontal, geralmente interfere na menstruação, função sexual e no parto.
Os médicos não identificaram nenhum fator de risco específico que causa essa condição. É provável que a causa seja algum defeito em múltiplos genes.
O diagnóstico geralmente é realizado por meio de exames de imagem e exame pélvico.
Tratamento cirúrgico
A ressecção cirúrgica, ou remoção do tecido septal, é a maneira definitiva de controlar as complicações associadas ao septo vaginal.
No entanto, o momento da cirurgia depende dos sintomas e das características do septo. Mulheres que não apresentam sintomas, geralmente aquelas com septos não obstrutivos, podem não necessariamente precisar de intervenção
Porém a existência desses septos podem interferir no uso de absorventes internos, relações sexuais e parto, portanto a cirurgia pode ser realizada posteriormente para permitir o uso confortável de absorventes internos, relações sexuais e parto vaginal seguro.