Provocada pela bactéria gonococos, o mesmo agente da gonorreia, a infecção causa secreção nas amígdalas e garganta. É mais comum que seja transmitida pelo sexo oral, pois há um contato direto da boca com o genital, aumentando o risco de contágio. O diagnóstico acontece pelo histórico de sintomas do paciente. Geralmente, é feito um exame retirando a secreção da garganta para visualizar o micro-organismo.
Segundo Montenegro, ainda há um tabu entre os próprios médicos em perguntar sobre a atividade sexual das pessoas. Se o compartilhamento das informações fosse mais difundido, diagnósticos tardios seriam evitados, melhorando a resposta do tratamento ao quadro, opina.
Muitas vezes, a pessoa que já está contaminada com a gonorreia pode ser assintomática e infecta o parceiro. Como se trata de um tipo de bactéria resistente, não é todo antibiótico que vai tratar e curar o problema. Por isso, é importante uma investigação a fundo dessa IST.
"Uma amigdalite que não tem resposta, precisa suspeitar e perguntar se o paciente teve algum tipo de relação oral. Normalmente, em quem tem gonococos, eles aparecem na região genital, aí contamina o outro. Isso vale tanto para o homem quanto para a mulher", reforça o infectologista do Hospital Oswaldo Cruz.