O câncer de colo do útero é atualmente o terceiro tipo de tumor mais incidente entre as mulheres no Brasil. Apesar disso, a doença é de difícil detecção por não apresentar sintomas, mas em contrapartida, o tumor pode dar as caras, em alguns casos, por meio de dores na parte inferior das costas ou na pelve. A estimativa do Ministério da Saúde é que, de 2023 a 2025, cerca de 17 mil mulheres sejam diagnosticadas com o tumor.
“Estima-se que em torno de 70% a 80% da população, em geral, já teve algum contato com o vírus. Existem inúmeros tipos de vírus, mais de 50 tipos de cepas diferentes do vírus e não são todos eles que vão causar o câncer. Tem alguns que causam só verruga e outros que nem vão se manifestar”, explica a ginecologista Charbele Diniz.
É preciso estar atento. Geralmente, a dor nas costas é um sintoma causado muitas vezes por uma série de condições como má postura, excesso de exercícios, colchão de má qualidade, entre outras situações pouco relacionadas ao câncer. Em casos de estágios mais avançados, o câncer de colo pode causar quadros de sangramento e secreção vacinal anormal, além de dores abdominais acompanhadas de queixas urinárias ou intestinais.
Esse tumor é causado pela infecção persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano – HPV (chamados de tipos oncogênicos), transmitido por relações sexuais. Embora a infecção genital por esse vírus, na maioria das vezes, não cause doença, alguns casos podem desencadear alterações celulares que evoluem para o câncer.
Como prevenir?
O exame preventivo realizado ao menos uma vez por ano, conhecido também como Papanicolau, é a melhor forma de prevenção à doença. Quando descoberto precocemente, as chances de cura são altas, chegando a até 95%. Esse exame é realizado com a coleta de células que revestem a superfície do colo uterino. Essas células são examinadas no microscópio para checar se há alguma alteração.
Tratamento
Entre os tratamentos mais comuns para o câncer do colo do útero estão a cirurgia e a radioterapia. O tipo de tratamento dependerá do estadiamento da doença, tamanho do tumor e fatores pessoais, como idade e desejo de preservação da fertilidade. Quando é descoberto na fase inicial, o câncer do colo do útero tem 100% de chances de cura. Para estágios posteriores, a radioterapia combinada com a quimioterapia é geralmente o principal tratamento. A quimioterapia isoladamente é geralmente usada no tratamento do câncer de colo do útero avançado.