A modulação intestinal é um tratamento que consiste na mudança de hábitos para melhorar a saúde do intestino. Dessa forma, são feitos alguns estímulos no trato gastrointestinal buscando reequilibrar as proporções de bactérias que compõe a microbiota. Muito além de ingerir mais fibra ou probióticos, na modulação intestinal é preciso um esforço do paciente no tratamento. A ideia consiste em nutrir as boas bactérias e eliminar as ruins.
A nutricionista Kamila Alencar explica que o tratamento costuma ser feito em aproximadamente três meses, seguindo algumas fases. “Primeiro fazemos a retirada de alimentos pró-inflamatórios e alergênicos, passando a adotar depois uma alimentação totalmente natural, promovendo uma restauração intestinal, juntamente com alguns ativos e probióticos. Na sequência, nós recolocamos na dieta da pessoa os alimentos que foram retirados, fazendo reavaliações”.
Kamila afirma que problemas intestinais como constipação, gases, estufamento, queimação, entre outras coisas, podem ser atenuadas com a modulação. “Esses distúrbios intestinais costumam piorar a qualidade de vida do paciente, causando irritabilidade, enxaqueca, estresse, principalmente nas mulheres”, ressalta.
Na modulação, são inicialmente retirados alimentos como açúcar, frutos do mar, peixes, ovos, leite, entre outros. No segundo passo, são inseridos na dieta alimentos como raízes, tubérculos, algumas carnes, gorduras boas, chás e muita água. “É um pouco difícil no começo, mas é uma questão de adaptação, pois logo o paciente começa a perceber os efeitos positivos”, afirma Kamila.
PROBIÓTICOS
No segundo momento são indicados os probióticos, com a ingestão de bactérias boas, que são produtos que podem ser comprados em farmácias. “Com o devido acompanhamento do nutricionista, na última etapa do tratamento, a alimentação inicial vai aos poucos sendo reinserida e os resultados avaliados. A orientação profissional é imprescindível, principalmente em casos específicos de pacientes, como gestantes, idosos e crianças” conclui Kamila.